Eu tenho uma aposta com meu querido amigo Guilherme Schroeder, geólogo lá nos sertões de Goiás, dono de um sitio na chapada dos veadeiros e ser humano da melhor estirpe: pago pra ele quantas cervejas ele agüentar no bar que ele escolher lá perto do sitio dele, em janeiro de 2013. Se o Guilherme ganhar nossa aposta, e o mundo acabar mesmo em dezembro de 2012, segundo o Calendário Maia, a gente escolhe outro lugar. Schincariol quente no inferno, provavelmente.
Não levo muito a serio isso de Teorias de conspiração, Disco voador, então? Pois dizem que o ET de Varginha está escondido no porão de um laboratório aqui na Universidade, vigiado pelo exército cerca de quatro quadras de onde estou escrevendo agora. Nos anos 70 muita gente viu disco voador em Antonina. Acredito, claro. E me esqueço em cinco minutos, tenho outras coisas pra fazer.
Estes dias, nosso colega blogueiro Luiz Henrique Fonseca, do “Amigos do Jequiti”, entrou numa polemica sobre as estradas dos portos. Existe um projeto interligando os portos do Paraná aos portos de São Francisco (e Itajaí) e Santos, mas que emperra, no caso paranaense, no problema ambiental: trata-se da região com maior área de mata atlântica continua que (ainda temos). Sim, concordo com o Luiz, que o mico leão é um saco. Um tempo atrás, por causa da questão da mina de ferro, alguns vieram com o mote de que “mineração é escravidão”. Nada mais fora da realidade. Estrada, portanto, seria sinônimo de degradação ambiental para estas pessoas. Sim e não. Se elas forem feitas como são feitas hoje, claro que são, alem de ser um vetor de entrada de interesses imobiliários, que por fim levam a devastação de vários “paraísos” por ai.
Por outro lado, e as pessoas? Estradas levam e trazem pessoas e, também riquezas. É justo que as pessoas de uma região fiquem de fora do bolo que vai crescer e beneficiar a todos? É o caso do paraíso que é Guaraqueçaba, refém de meia dúzia de ONGs e de projetos – a maioria com dinheiro americano – de seqüestro de carbono. Se eu voluntariamente abro mão de explorar uma riqueza, é preciso que eu seja recompensado por isso. O que Antonina e o litoral – traduza-se: as pessoas mais simples e mais necessitadas desta região - ganham sendo reféns de ONGs? Antonina e Morretes têm vilas formadas por pessoas expulsas de suas terras por causa do seqüestro de carbono. E daí, Mr. Mico Leão Dourado?
Concordo com o Luiz, que devemos sim pensar no assunto, colocar Meio Ambiente e desenvolvimento na balança e decidir o que é melhor para a comunidade. Sem preconceitos e decisões a priori, mas com inteligência. Soluções técnicas existem para fazer estradas menos agressivas ao meio ambiente. É só querer. Ou não.
A outra solução é a que o meu amigo Guilherme acha inevitável: o fim do mundo. Sem a humanidade pra atrapalhar, em no máximo 50 anos a Mata Atlântica voltaria a ocupar todo o território que ela tinha antes de 1500. Antas, macacos, até onças pintadas, lobos guarás, todos iam re-ocupar o território. E ninguém ia nem lembrar daqueles macacos peludos (e folgados!) que um dia vieram fazer um sambaqui ali no Corisco, há 7 mil anos atrás e foram ficando, ficando, ficando...
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