"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A SOCIALIZAÇÃO ATRAVÉS DOS CAMPOS DE VÁRZEA

Por Luiz Henrique Ribeiro da Fonseca

Na minha infância predominava a prática esportiva através das "peladas" de rua e torneios de futebol nos diversos campinhos de várzea e clubes que existiam em Antonina. Esses torneios eram jogados no campo do flamenguinho, da graciosa, da polícia, dos arapongas, do Matarazzo, do Batel e outros que não me recordo o nome. Todos esses espaços esportivos não existem mais, pois deram lugar à praças, residências, comércios, ruas ou foram desativados, como no caso do Matarazzo e Batel.
Os campos de várzea propiciam relacionamentos afetivos, as localidades se interagem e socializam o jovem, inibindo a formação de grupos rivais e consequentemente os "conflitos de fronteiras", como no caso das disputas entre gangues nos dias atuais.
Além da incumbência socializante, proporcionavam à criança perspectivas de novos caminhos e atuavam como instrumentos catalisadores de sonhos, de referências, como nos casos dos ídolos de futebol, desviando-as dos caminhos da droga e, consequentemente, mostrando paradigmas de compostura social e de sucesso profissional. Através dos torneios a criança aprende domesticar sentimentos de ansiedade e rebeldia extrema, incita a competitividade positiva e, principalmente, desenvolve sua saúde mental e física.
Costumeiramente vemos administrações públicas se preocuparem com a construção de ginásios de esportes, estádios com pistas de atletimos, centros poliesportivos, parques aquáticos e outras médias e grandes estruturas esportivas, sem que se preocupem em estruturá-los de modo que a criança desenvolva suas aptidões esportivas. Óbvio que desde que estruturadas esses complexos têm grande importância, pois desenvolvem atletas de autonivél e fazem com que esses jovens alcancem sucesso profissional e financeiro, mas são seletivas e não servem como exemplos de intgração social, apenas de modelo para a administração pública dissiminar seus programas esportivos junto à população mais carente. Embora reconheça seus méritos, esses espaços são inibidores, por conta das barreiras físicas, disciplinares e organizacionais, diferentes dos campos de várzea onde o jovem atua de acordo com sua natureza. 
É claro que entendo que aqueles campinhos de antigamente não são mais viáveis, mas a administração pública, no caso a de Antonina, poderia viabilizar, de maneira efetiva, em conjunto com a comunidade, terrenos baldios em espaços esportivos, dando às famílias dos jovens a responsabilidade pela manutenção. No caso dos espaços já existentes, cuja responsabilidade é exclusiva da administração municipal, como no caso do ginásio de esportes defronte à A.A. 29 de Maio, da praça esportiva do Jardim Maria Luiza e Feira-mar, a prefeitura poderia realizar pequenas reformas que possibilitassem a prática esportiva e cuidasse de sua manutenção e segurança patrimonial. Essas adequações não dependeriam de processos licitatórios e, se dependesse, seus objetos e modalidades não exigiriam grande dotação orçamentária, pois esses custos em relação aos benefícios aprovariam tais medidas, principalmente para uma cidade que enfrenta problemas com as drogas.

3 comentários:

Anônimo disse...

PARABENS AMIGOS DO JEKITI PELO BLOG, ESTÁ ÓTIMO!!!
Fanfarra Maluca

Anônimo disse...

manda ver meu amigo e concordo com vc...ah e posta no meu blog tb.
Denilson.

Anônimo disse...

PO cara vc tem de air do jekiti para falar mais sobre Antonina, campinho do Plinio ,da Laranjeira, do Guape,do Itapema,das Malvinas do cedrinho, e muitos outros , da uma volta e conheça a verdaeira Antonina com seus Natos Nativos,,,

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento