"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O ANTRO DA FOFOCA

Por Luiz Henrique Ribeiro da Fonseca
Um local de discussões relevantes? 13%
Um antro de fofoca? 43%
Um lugar mal aproveitado? 6%
Um espaço cultural? 36%

Realizamos uma pesquisa para saber dos antoninenses o que acham do espaço do Jekiti. Como a pesquisa indica, os participantes ainda consideram o Jekiti um "Antro de Fofoca", um lugar de conspiração contra a vida alheia e à administração pública. Mas se analisarmos a fofoca em seus meandros concluiremos que ela nada mais é que uma "análise da desconfiança humana", como diz o psicanalista José Ângelo Gaiarsa, em seu livro Tratado Geral Sobre a Fofoca. Ninguém está imune a ela, mas há maneiras de fazer com que a fofoca não se torne um meio de transformar nossa vida num inferno, pois, segundo o psicanalista, a melhor defesa é, de imediato, nos tornarmos nossos próprios fofoqueiros, isto é, conspirarmos contra nós mesmo. Dessa maneira, é claro que a fofoca não vai parar, mas pelo menos a gente exorciza os demônios que nos atormentam.
Voltemos à pesquisa! Apesar de indicar que o Jekiti ainda é um antro de fofoca, podemos vislumbrar num futuro próximo que ele pode ser mais bem aproveitado, pois 57% dos que responderam a pesquisa ainda veem o Jekiti como um lugar propício a ações voltadas para melhoria das condições de vida do cidadão antoninense.
Ainda pensamos em ações culturais e também sociais, como música ao vivo, campanha do livro usado, palestra sobre a prevenção de drogas lícitas e ilícitas, Previdência Social e outras que considerarmos relevantes.
Atualmente entendo e respeito a pesquisa, pois como frequentador do Jekiti sinto que muitos ainda preferem gastar suas horas criticando a administração pública e tecendo inapropriados comentários sobre a vida alheia a promover alguma ação para a melhoria da nossa cidade. Mas para isso é preciso ter coragem e discernimento, pois é mais fácil ser estilingue que ser vidraça ou engenheiros de obras prontas.

Um comentário:

Edson Negromonte disse...

Ainda bem que você voltou a postar textos no seu blog, vitaminando-o com as suas lembranças da casa dos avós e a memorialística capelista. São notícias importantes para que essa memória não se perca. Muito bom também o texto sobre o Araponga, grande radialista da terra. Em tempo, agradeço a postagem do meu raconto sobre os adoráveis vagabundos de Antonina. Abração, meu amigo querido!

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento