"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



terça-feira, 28 de dezembro de 2010

CAMPANHA CONTRA O COMPLEXO DE VIRA-LATA CAPELISTA

Tenho a nítida impressão que o antoninense tem uma relação de amor e ódio com a sua cidade. Assim é em todas as nossas relações afetivas, pois a gente só briga e brinca com aqueles que nos são importantes. Muitas vezes deixamos de enxergar qualidades naquele que está ào nossa lado e às vezes o atacamos, com fúria, sem que percebamos o quanto estamos sendo injustos. Isso se configura pela intimidade, pelo desejo que temos de moldar o outro de acordo com a nossa maneira de ser e de pensar. Essa postura que adotamos com amigos, cônjuge e filhos, nada mais é que uma maneira torta de dizermos a eles o quanto nos importamos e os queremos bem. A relação do antoninense com Antonina é assim - uma espécie de amor visceral que muitas vezes nos cega e nos distancia do real sentimento por nossa cidade. Não falo em amor condicional, pois minha relação com Antonina não é apaixonada, portanto não é cega. Não coloco Antonina acima de tudo, pois jamais a colocarei acima dos meus princípios éticos, valores e moral, muito menos acima da minha família. O amor que sinto por Antonina é racional - exceto quando alguém de fora é injusta com ela -, mas posso odiá-la, ás vezes, quando a vejo distante do que ela poderia ser. O fato de enxergar Antonina com meus olhos de adulto, não me distancia de quando eu a enxergava na infância, pois ela, para mim, ainda é engraçada, romântica e patética. Portanto, minha humilde pretensão neste momento, é valorizá-la, sem o amor cego, sem ufanismo, sem  a exaltação daqueles que amam e não agem, porque amor para mim é atitude.
Viva Antonina!
Viva o povo antoninense!

3 comentários:

PAULO R. CEQUINEL disse...

Prezado Luiz:
Apoio. Vou preparar um textozinho para publicar aqui nos comentários.
E viva Antonina.

PAULO R. CEQUINEL disse...

Começo reafirmando algo que já disse em meu blog intestinal: Antonina não é pior do que qualquer outra cidade ou lugar e não está acima nem é melhor que sua gente, não é uma entidade superior ou intangível, mas é, antes e sobretudo, resultado do nós fazemos, acertando e errando, divergindo, discutindo, escolhendo.

Filho adotivo e meio relapso, admito, gosto da sensação de segurança e da tranqüilidade, da falta de pressa, da calma e das belas imagens das montanhas e do mar que nos cerca, e devo dizer que detesto quando alguém diz que por aqui nada vai pra frente, ou que tudo acaba fechando. Então o sujeito abre lá o seu negócio (epa!), é incompetente e relapso, quebra, e a culpa é da cidade, é minha e de todos os capelistas?

Gosto das pessoas, sempre muito simples e em geral muito divertidas, do trânsito que anda sem problemas maiores, embora alguns motoristas sejam lamentáveis.

Gosto do calçamento das ruas, de pedras centenárias e duradouras e dos prédios antigos e históricos e gosto, que luxo, quando posso pagar depois uma compra no mercado quando esqueço carteira, cartão e grana.

Gosto da Casa Verde, do Buganvil, do Le Bistrô, da Casa da Pizza, do Cantinho de Antonina e do Baía de Antonina, e do Albatroz, e da Nair, e gosto tanto que não estou cobrando nada para dizer isso.

Gosto de Antonina, meus amigos, por gostar, por ter escolhido viver por aqui embora não tivesse raízes e, vejam bem, gosto de Antonina apesar de certos antoninenses que acham que isso, ser antoninense os torna seres melhores que os “estrangeiros”, e gosto daqui apesar daqueles que consideram ter o monopólio do amor pela cidade.

Sou capaz de somar minhas modestas, esquálidas e desimportantes forças por Antonina desde que não me venham com essa conversa mole de “união pela causa maior” - que é desmobilizadora e despolitizadora, porque não vou me permitir ajuntamento com certos figurões, dos quais quero completa e segura distância.

Afinal, cabelos e barbas brancas, penso ser merecedor de um pouco de respeito.

Anônimo disse...

Cicero diz,
Resumindo vc é mais um desses jaguaras metidos a rico ,que na plenitude da sua acomodação e sossego de vez em quando quer dar uns pitacos nos assuntos da cidade.
Dando uma olhada nesses blogs da cidade vi que só tem porcaria agora o teu e esse jiquiti são o cúmulo da idiotice ,não lhe batem um sentimento de vergonha escrevendo essas bobagens tipo merda ,foda ,isso é coisa de boiola escondido no armário.Esse tipo de coisa que voces tem para acrescentar para os mais jovens?É isso que voces aprenderam na vida?É por isso que Antonina está desse jeito ,voces são um zero a esquerda. Vergonha.

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento