"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A INTERPORTOS E O MICO-LEÃO-DOURADO

Postei uma matéria sobre a abertura de licitação do projeto que viabilizará a rodovia Interportos. A postagem criou celeumas e desconfianças, mas como assumo tudo que escrevo, reafirmo minha posição sobre as vantagens desse empreendimento.
Esta rodovia, segundo o projeto do governo estadual, terá 145 quilômetros de obras, além da construção de uma ponte sobre a Baía de Guaratuba. Além de ligar Matinhos e Guaratuba aos portos de Antonina e Paranaguá, também dará acesso aos novos terminais portuários de Pontal do Paraná, Ponto do Poço, Embu-Guaçu e Embucuí, que ainda serão construídos. O aspecto mais importante e significativo é a ligação do sistema viário paranaense ao porto de Santos, através de uma nova rota que ligará o sistema viário paranaense ao porto de Santos.
Segundo o Secretário Estadual de Transporte, Mario Stamm Júnior, a obra visa facilitar a integração dos portos paranaenses com a zona de influência atendida pelo porto de Santos, objetivando a triplicação da movimentação de 40 milhões de toneladas para 120 milhões.
para melhor entendimento informo que a Interportos partirá de Garuva (SC), passando pela PR-412 até a Baía de Guaratuba, onde se construirá uma ponte que permitirá acesso a Matinhos. Seguindo em frente, a rodovia continuará até Pontal do Paraná e, pela PR-407, terá acesso a Paranaguá. Dali, o projeto se estende até um trecho da 277, para chegar a Ponta do Pólo, Emgu-Guaçu e Embucui, para depois, em um novo traçado, chegar a Antonina. Na seqüência, pela PR 410, pode-se chegar ao Porto de Santos, pela BR 116 e, depois pela SP-55.
Como vimos este sistema viário poderá trazer grandes avanços a Antonina, embora reconheça que a complexidade da obra e os recursos financeiros possam ser um entrave. Mas o mais importante, no momento é mostrar a viabilidade do projeto e o quanto ele pode muito significar a Antonina.
Quanto ao impacto ambiental, estudos de viabilidades indicam que não haverá problemas significativos no trecho de oito quilômetros de Antonina, pois o sistema viário, na área da Mata Atlântica, será sustentado por pilotis, evitando assim grandes prejuízos ao ecossistema.
O que me deixa de saco cheio são algumas posições de “ecologistas”, que se acham os donos do saber no que diz respeito aos assuntos ambientais e pregam um discurso vazio sobre o que não conhecem, como se o que fora colocado não respeitasse nenhum critério ambiental. Mas eu entendo esse discurso e sei muito bem que o intuito é a manipulação pelo pânico do aquecimento global, pelo medo do derretimento das geleiras...Vamos construir nossas Arcas com ar condicionado!
Ah! Ia me esquecendo: Acho esse papo de mico-leão-dourado um saco!

5 comentários:

Anônimo disse...

Com todo respeito, ninguém citou o mico leão dourado a não ser você. Sabia que vc vive no último resquicio de mata atlantica realmente preservado, com sua fauna e flora protegidos e que essa mata é a mais rica em diversidade de espécies vegetais do mundo ? Vc sabia que se não fosse esse santuário na serra do mar e litoral, curitiba não teria mais água potável? Vc sabia que nós não pesquisamos nem 2% da flora dessa região e seus respectivos eventuais fins medicinais ? vc sabia que a partir desse bioma (integrando serra, manguezais e mar) os pescadores caiçaras (muitos dos quais seus amigos) obtém o seu sustento (sem agredir a natureza) porque isso tudo é um berçario marinho ?
Então me diga, já que vc é um democrata, e não se utiliza de ironia para contra-argumentar, qual o custo-benefício de arriscar perder todo esse patrimônio natural? Ou vc é daqueles que só pensam em maximizar o capital e nada mais?

Masca disse...

Zilique.
Impacto ambiental? Experimente um? Visite o banheiro do mercado.

Mauricio Scarante (Masca)

Amigos do Jekiti disse...

MEU CARO, esta sua visão em relaçao ao projeto e o fim da Mata Atlântica é um tanto castastrófica - uma espécie de 2012Maia. Repito, há estudos que indicam que o impacto "profundo" ambiental não é siginificativo. Se fosse, estaria ao seu lado, portanto, fico com o estudo a especulação.
Se vc é daqueles que julgam um projeto sem saber, pelo estudo de viabilidade, se haverá um pandemônio ecológico no litoral ou não, só posso sentir e lhe dizer que sua postura e palavras tem como objetivo disseminar esse pânico, sem considerar os benefícios que a obra poderá trazer a este tão esquecido litoral.
Vc me indagou, com sarcasmos, de que maneira os portos se ligariam a Santos, pois bem, eu respondi, e dei, além de argumentos, minha cara para bater.
Quanto ao mico-leão-dourado, só posso lamentar a sua falta de senso de humor.
grato pela grande participação.

2) Maurício, realmente vc tem razão. Mas este impacto ao qual vc se refere é o impacto da má educação e da falta zelo pelo patrimônio público.
abraço

TOKADARTE disse...

Oi Luiz, não sei a que impacto vc se refere mas, acho a interportos muito importante para Antonina, mesmo que danifique um pouco a natureza, vale o sacrificio para a sobrevivência do capelista, que é um ser humano, creio eu, vale mais que um pedaço de natureza.

Anônimo disse...

Luiz
é uma discussao muito relevante, parabéns por colocar a cara a tapa. Dei um pitaco no meu blog sobre o assunto tambem...
um abraço

Jeff Picanço

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento