Querido filhinho, eis me aqui sentada em meu jardim, tomando o chá das cinco com minha amiga Dorinha Matarazzo Mesquita Civita Marinho, a Viscondessa do Tagaçaba, folhando a Vogue francesa. De repente me deparo com a foto daquela terrorista búlgara que virou presidente desta terra de tupinambás, vestindo um modelito que parece que foi comprado na A Barateira, do “turco” Atefe ou no Pague-Menos, de Jorge Maionese. Como estava em Paris, no dia da posse da terrorista, acompanhando o lançamento de inverno de Karl Lagerfeld, não acompanhei a solenidade em Brasília. Ainda bem! Como diria minha amiga Narcisa Tamborideguy, a galinha dos ovos de ouro de Ipanema: “Ai, que absurdo”! A propósito, meu tesouro, Narcisa me ligou e pediu que você a visitasse, pois ela reuniu um grupo em sua homenagem e todos – inclusive Boninho – insistiram que você lavasse dúzias de ovos para jogar nas vagabundas e na pobretada que quebram a estética daquela bela paisagem: - Ai, que loucura!
Voltando ao vestido da terrorista, segundo a revista, ela vestiu um modelo de uma costureira gaúcha e me parece que só perdeu em cafonice para a bela, porém breguíssima, mulher do vice-presidente Michel “Bella Lugosi” Temer. Não entendo essa gente, como pode ter mal gosto, pois já que tem o poder na mão custa superfaturar uma conta e pegar um prêt-à-porter francês, como fez seu pai, na epóca em que foi governador-geral da nossa província e vestiu toda guarda municipal com Yves Saint Lorrance. Não adianta, meu lindinho, essa gente não sabe o que é decadence avec elegance.
Aqui na terra de Guarapirocaba, a polícia tirou aquela corja de etílicos nègligè da Feira-Mar, a meu pedido. O capitão-mor já me adiantou que a Feira-Mar será doada à nossa família para que seu pai construa um hangar e vários camarotes para que a elite quatrocentona capelista possa assistir, à noite, corridas de submarinos,enquanto a côrte faz "un amoureux de la vérité", pois você sabe, meu tesouro, enquanto nós, os ricos, making love, pobre só quer dá uma...
Aqui na terra de Guarapirocaba, a polícia tirou aquela corja de etílicos nègligè da Feira-Mar, a meu pedido. O capitão-mor já me adiantou que a Feira-Mar será doada à nossa família para que seu pai construa um hangar e vários camarotes para que a elite quatrocentona capelista possa assistir, à noite, corridas de submarinos,enquanto a côrte faz "un amoureux de la vérité", pois você sabe, meu tesouro, enquanto nós, os ricos, making love, pobre só quer dá uma...
Enfim, meu fofuxo, agora volto ao meu chá com Dorinha Matarazzo Mesquita Civita Marinho, antes que ela tome todo o meu Brandy e queira make love com Charles, nosso mordomo.
Beijos de mamãe que te ama muito.
Ass: Madame Charlotte Guy de Lusignon Deux Montrematre, a baronesa de Antonina.
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