"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



domingo, 23 de janeiro de 2011

Roberto Marinho - Além do Cidadao Kane


Além do Cidadão Kane é um documentário produzido pela BBC de Londres - proibido no Brasil desde a estréia, em 1993, por decisão judicial - que trata das relações sombrias entre a Rede Globo de Televisão, na pessoa de Roberto Marinho, com o cenário político brasileiro. - Os cortes e manipulações efetuados na edição do último debate entre Luiz Inácio da Silva e Fernando Collor de Mello, que influenciaram a eleição de 1989. - Apoio a ditadura militar e censura a artistas, como Chico Buarque que por anos foi proibido de ter seu nome divulgado na emissora. - Criação de mitos culturalmente questionáveis, veiculação de notícias frívolas e alienação humana. - Depoimentos de Leonel Brizola, Chico Buarque, Washington Olivetto, entre outros jornalistas, historiadores e estudiosos da sociedade brasileira. "Todo brasileiro deveria ver Além do Cidadão Kane"

O documentário mostra as relações entre a mídia e o poder do Brasil, focando na análise da figura de Roberto Marinho, fundador da Globo. Embora o documentário tenha sido censurado pela justiça, em 2009 a Rede Record comprou os direitos de transmissão exclusiva, por 20 mil dólares, do produtor John Ellis.

A primeira exibição pública do filme no Brasil ocorreria no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), em março de 1994. Um dia antes da estréia, a Polícia Militar recebeu uma ordem judicial para apreender cartazes e a cópia do filme, ameaçando, em caso de desobediência, multar a administração do MAM-RJ. O secretário de cultura acabou sendo despedido três dias depois.

Durante os anos 1990, o filme foi mostrado em universidades e eventos sem anúncio público de partidos políticos. Em 1995, a Globo entrou com um pedido na Justiça para tentar apreender as cópias disponíveis nos arquivos da Universidade de São Paulo (USP), mas o pedido foi negado. O filme teve acesso restrito a grupos universitários e só se tornou amplamente visto a partir do ano 2000, graças à popularização da internet.

Assista e divulgue:



6 comentários:

Anônimo disse...

Me engana que eu gosto diz...

Este modelo esta sendo agora, copiado pelo PT .O que voce acha dessa aproximação do governo com a Record e o SBT ? A intenção é mesma da Globo e os militares na época . Essa prática tem um nome ,a Indústria da consciência.

Amigos do Jekiti disse...

É meu caro, não há um bolo para um só comer, agora ele tem muito mais fatias.

Anônimo disse...

Conclusão: "são tudo farinha do esmo saco."
Ideologia... jogue no lixo.

Amigos do Jekiti disse...

Concordo com vc: ideologia é uma merda

Fortunato disse...

Fique sabendo...

Ideologia, é aquilo que achamos ser a realidade das coisas que nos foram incutidas através de uma dominação subjetiva; ela constitui o conjunto de representações, que nos passam idéias acerca das coisas do nosso dia-dia.

Não que vivamos em um mundo fictício, mas que, as idéias e valores por ele passados podem ser frutos de uma dominação político-econômica, que busca favorecer uma classe que se diz dominante por ser privilegiada com a divisão social do trabalho, e que se julga superior às demais, sendo que esta idéia de superioridade é fruto da ideologia, que condiciona uns a pensarem e outros a trabalharem, e estes últimos são conseqüentemente controlados pelos primeiros, e mal sabem os seres-humanos que toda essa desigualdade surge deles mesmo, que não conseguem enxergar essa dominação alienada por meio da ideologia.

Pode parecer uma afirmação paradoxal, uma vez que o senso comum habituou-se a associar a internet ao isolamento social e à fuga da incômoda exposição exigida pelos rigores do cotidiano, por meio do confortável anonimato propiciado pelo mundo virtual. Mas, como sempre afirmei, a internet é apenas uma ferramenta e, como tal, não tem moral. Quem a torna boa ou má, se é que podemos estabelecer essa definição simplista, somos nós. No meu caso, em nenhum momento busquei nela um pretexto para escapar da realidade. O mundo virtual desde o início foi, para mim, não mais do que uma mera extensão do mundo real, um reflexo de tudo o que há de mais nobre e de mais abjeto na humanidade. E foi justamente essa convicção que me conduziu ao tal choque de realidade.

Explico: uma das premissas fundamentais para viver em sociedade é a de reprimir certos impulsos e atitudes, estabelecendo limites e fazendo concessões. A vida social é, geralmente, um imenso teatro coletivo. Gastamos boa parte do nosso tempo representando. É preciso que seja assim, pois, do contrário, caso déssemos vazão a todos os nossos desejos e emoções, mergulharíamos num estado selvagem de barbárie e a humanidade desapareceria em questão de horas. As pessoas, no seu dia-a-dia, sabem que não devem sair por aí dizendo tudo o que lhes vem à cabeça, pois, dependendo do teor das palavras, as consequências podem ser dramáticas.

No entanto, a terra de ninguém da internet vem, aos poucos, alterando essa lógica. Salvaguardadas pelo anonimato virtual ou, tão-somente, pela segurança do distanciamento físico garantido pelo monitor, muitas pessoas liberam toda uma retórica reprimida que, em muitos casos, se manifesta na forma de ofensas, injúrias, calúnias e desaforos os mais torpes e baixos. Fazem acusações e insinuações pesadas, que jamais fariam cara a cara, sob pena de levar uma surra ou mesmo de ser presas e, por meio de depoimentos inacreditavelmente bizarros, põem a nu uma visão estreita e simplória do mundo e da condição humana. É como se a internet fosse a Caixa de Pandora dos nossos tempos, o lugar no qual um respeitável e simpático Dr. Jekyll se transforma num Mr. Hyde desgovernado, que se dedica a alimentar sites, blogs e suas seções de comentários com toda sorte de frases violentas, carregadas de um ódio e um ressentimento que chegam a assustar.

Anônimo disse...

Roberto Marinho chegou onde chegou agarrado no saco da milicada.
Apoiou a ditadura e a tortura e com isso ganhou fama e fortuna.
Enquanto muitos morreram e foram torturados, ele se beneficiava do regime militar para proveito próprio.

Quem defende esse cara e a tv globo não teve nenhum parente morto, torturado ou desaparecido.
Aí é fácil falar!
Difícil foi viver tudo aquilo.

Depois que acusaram a Dilma de terrorista, como se isso fosse uma falta grave, como se a ditadura nunca tivesse perto das nossas portas, como se ela não fosse uma mulher corajosa e esquecem que ela lutou pela democracia e pela liberdade que esses babacas tem hoje!
Esperar o que, de um país sem memória!
Geraldo

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento