"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



sábado, 16 de abril de 2011

VÃO "CAGÁ" NO MATO

A calamidade ainda rende muitas discussões, desentendimentos e críticas. Com o intuito de ajudar ou tirar proveito da situação, muita gente anda destrambelhando por aí, culpando a administração pelas falhas do gerenciamento da crise. Obviamente há falhas e não poderia ser diferente, já que ninguém ou nenhuma administração passou por um problema semelhante. É bem provável que o prefeito esteja perplexo e não consiga em alguns casos atender os que perderam bens materiais.
Estados, cujas cidades passaram por problemas semelhantes, tentam até hoje mitigar as necessidades dos desabrigados e desalojados com soluções remediadas devido a dificuldade de se encontrar áreas adequadas para a construção de novas casas. Essa situação é fácil de entender se nós analisarmos os problemas que ocorreram no Rio de Janeiro, onde muitos moradores continuam desabrigados por conta das fortes chuvas de janeiro. Situações desse tipo carecem de um entendimento, embora considere que é preciso que administradores criem mecanismos preventivos para evitar calamidades, como essa que ocorreu no litoral paranaense. Mas muitos não entendem assim e munidos de estilingues jogam suas pedras nas vidraças da prefeitura. O pior que essa gente, por oportunismo e pequenez, adoram a crítica fácil e a máxima do quanto pior melhor.
Não duvido que haja no breu das tocas uma orquestração manipulatória objetivando as eleições de 2012, com o intuito de usar o povo como massa de manobra para conseguir seus objetivos. Até certo ponto não vejo nada demais em querer ganhar politicamente com a questão, pois o jogo político perfeitamente aceita essa postura, embora não deixe de configurá-la como nefasta.
Em face de tudo, faço aqui uma defesa a Canduca e à sua equipe por entender que o inusitado nos imobiliza por algum tempo. Deixo claro que esse meu voto de confiança não é uma defesa incondicional e sim um entendimento de que ele necessita de tranqüilidade e tempo para reordenar a cidade. Essa defesa é necessária não para o bem político do prefeito e sim como uma forma solidária de entender que ninguém resolverá esse grande problema sozinho. Falo isso com a maior convicção, pois não tenho cargo público no município, não dependo da administração de Canduca para nada e muito menos tenho algum ganho financeiro para defendê-lo nesse momento. Faço-a pela simples razão de que Canduca não resolverá todos os problemas sozinhos e já que não posso atuar diretamente nessa crise, adoto a postura de não atrapalhar.
Sei que muitos não concordam com esse meu posicionamento e nem estou preocupado com isso. Só tento no meio de toda essa lama não ser mais um a ficar nas esquinas virtuais criticando só porque prestei alguma colaboração. Portanto, repudio esse tipo de gente solidária que adora contar aos quatro cantos capelista os detalhes da sua ajuda. Repudio mais ainda os solidários que usam argumentos hipócritas com o objetivo da fácil promoção e só porque botaram a mão na lama acham que são os dono do saber.
Para essas pessoas de alma pequena e mentalidade tacanha, que adoram impor aos outros os seus estilos e entram aqui no anonimato para destratar os que não comungam das suas ideias, deixo meu recado: - Vão “cagá” no mato”.

3 comentários:

Anônimo disse...

Sr. Editor: "não fique triste, não se zangue, com o que eu vou lhe falar, sinto demais, porém agora..."

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REFLEXÕES SOBRE AS ENCHENTES DO SIRI DO PORTINHO.

Enquanto isso não ocorre - só ocorerrá depois da Audiência Pública na Câmara de Vereadores -, acredito que teremos que encarar as enchentes ainda por alguns anos, e nada melhor que fazer isso com bom humor. Então, vejamos algumas reflexões sobre as enchentes que o Siri lapidou:

1. Se a São Silvestre fosse em Março, não ia ter para ninguém! É César Cielo na cabeça!

2. Que airbag que nada! Colete salva-vidas é o opcional mais procurado e mais importante nos carros de Antonina.

3. O melhor serviço de entrega, sem dúvida alguma, não seria da Americanas.com, nem do Extra.com, nem do Ponto Frio.com, nem de “outros.com”, mas sim do “Submarino”.

4. Ninguém passará mais fome em Antonina, pois “bolinho de chuva” é o que nunca vai faltar por aqui.

5. Convite para a amiga seria algo assim: Vamos assistir a chuva lá em casa (que novela que nada!)

6. Uma coisa o Siri tem certeza: quem fala que a água do mundo está acabando não mora e nunca veio visitar Antonina em março.

7. Siri sugere que mandem o seguinte recado para Noé: “Precisamos de você aqui em Antonina!”

8. Que bicicleta, que nada! Ouviríamos o seguinte: “meu passeio ciclístico de hoje eu fiz de pedalinho”.

9. Pensando bem, nem tudo seria ruim com as enchentes, pois quase todos teríamos casa de frente para o mar.

10. Tenho dois amigos cariocas que estão morrendo de inveja de São Paulo, pois lá tem dois mares: “Mar Ginal Tietê” e “Mar Ginal Pinheiros”.

11. O Siri não tem dúvida alguma que o cantor Fagner cantaria o seguinte para Canduca: “Quem dera ser um peixe para em teu límpido aquário mergulhar”.

12. É impressão do Siri ou ouvi a Senadora Gleisi mandar o seguinte aviso: “vou lançar o BALSA-família para ajudar os moradores de Antonina”??

13. O Siri vê luz no fim do túnel desses acontecimentos, ou melhor, vê terra firme, pois toda essa enchente prova que a SAMAE cumpriu o prometido: água e esgoto na casa de todo mundo!

14. Enquanto temos o bilhete único em outras cidades, aqui em Antonina, a Viação Pilar irá lançar o bilhete “úmido”

15. Berto Richa com certeza disse ao Canduca: “relaxa e bóia!”

16. Estou até vendo a manchete em todos os jornais da cidade: “Depois de tanta chuva, Canduca anuncia a construção de duas hidroelétricas: a da Carioca a do Jardim Maria Luiza. Em estudo a da Ermelino de Leão, que já recebeu o apelido de Hidroelétrica Bó”.

17. Por aqui não falaremos mais “direita ou esquerda”, mas sim “bombordo e estibordo”.

18. Alguns comerciantes, espertos, já viram oportunidade para ganhar dinheiro. Meu amigo Tato, por exemplo, já trocou todo seu estoque de motos por jetskis, enquanto meu amigo já está com os últimos lançamentos em lanchas em exposição.

E, para finalizar essa história de enchentes, vamos falar do vereador Jeeefffiiinnhho:

Jeeefffiiinnhho veredaor: É UM VISIONÁRIO OU TEVE INFORMAÇÕES PRIVILEGIADAS?

Antes que todos pensem que se trata de tráfico de influência ou de qualquer outro escândalo, calma! O siri explica: acontece que o Jeeefffiiinnhho (como é carinhosamente chamado), comprou, há algum tempo, um carro 4x4. E não é qualquer carro, não! É um dos mais famosos do mundo para andar em trilhas, desertos e, pasmem, atravessa até rio!

Quando ele apareceu com a “caranga”, ninguém entendeu o porquê dele ter comprado um veículo desses, afinal, onde Jeeefffiiinnhho iria usar tal máquina?

E não é que, quase um meses após, se quisesse ele seria o único a atravessar de carro (de lancha vários atravessariam) o Jardim Maria Luiza a Av. Carlos Gomes até a Carioca com enchente e tudo!?

Então, fica no ar a seguinte pergunta: teria ele tido informações privilegiadas ou já estava enxergando o que não ninguém via?

Alô Jeeefffiiinnhho! Esclareça “prá nóis!”.


O Siri do Portinho

Amigos do Jekiti disse...

Meu caro, adorei os itens das enchentes, afinal vc tem senso de humor e eu gosto disso.
Quanto ao Jefinho, acho que ele "é assim" com São Pedro. E quanto ao
4 x 4 dele, isso tá me cheirando uma invejazinha sua. Pelo visto seu 4 x 4 é de quadrúpede.

Anônimo disse...

Dedo duro
Começou cedo.

Quando a professora quis saber quem havia soltado aquele peido estereofônico, foi o primeiro a dizer:
- Não fui eu. Foi o Zezinho.
E apontou o magricela com seu indicador pequeno e raquítico, duro e incisivo.
Ao episódio sonoro sucederam-se outros, de vários tipos e único gênero.
Numa vez falou para o pai que a Inezinha, sua irmã, passava no shopping as tardes em que deveria estar estudando.
Noutra contou para a mãe que viu o pai parar o carro na esquina e dar carona para a Betinha, a moça loira e bonita do terceiro andar.
Acostumou-se com a delação.
Fez dela um estilo de vida - cômodo, prático, eficaz.
Degrau a degrau, escalou metodicamente posições que o levaram a ser tudo o que sempre quis: viver a tranquilidade dos sem-consciência.
Era apontado pelos vizinhos como modelo a ser seguido.
Só uma vez teve as convicções abaladas.
O filho, adolescente quieto, chegou em casa com a cara inchada, a orelha amassada, o olho fechado.
- Fala quem foi que fez isso, fala de uma vez!
E o garoto quieto.
- Fala que eu entrego esse filho da puta pra polícia!
E nada, nadinha de nada, nem uma palavra.
Nunca entendeu a razão do silêncio, nem soube de nome nenhum.
Mas sempre quis apontar o filho para todos e gritar, o coração explodindo de orgulho:
- É o meu garoto, ele sabe ficar quieto!

Motta

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento