"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



segunda-feira, 30 de maio de 2011

PSDB espanca “maconheiros” na rua e “alisa” na TV

direto do blog da cidadania
 
No domingo, no Fantástico, da TV Globo, foi ao ar reportagem em que o principal líder político do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defende que usuários de maconha possam plantar a erva em casa e, também, que a lei deixe de penalizar o usuário da droga.
Enquanto isso, em São Paulo, o governo mais importante comandado pelo PSDB, através da polícia sobre a qual exerce controle absoluto, reprime com violência jovens que foram às ruas defender aquilo que o mesmo partido defende na TV pela boca dele, do tal líder político.
Segundo a Polícia, o governo e a Justiça de São Paulo, os garotos que foram à rua defender o que defende Fernando Henrique Cardoso teriam feito “apologia” à maconha. Resta saber quem fez tal “apologia” para mais gente, se os jovens na rua ou FHC na televisão.
Diante dessa situação esquizofrênica desse partido reacionário e violento nas ruas e gentil e progressista na mídia, surge uma questão que deve interessar ao menos aos partidários das teorias pró-maconha: não dá pra trocar o comportamento do PSDB das ruas com o da TV?
Abaixo, reportagens do Fantástico alisando aquele que diz coisas que basta qualquer outro dizer para os pistoleiros do PIG chamarem de “maconheiro” e do UOL mostrando o lado, digamos, mais “careta” do PSDB.

por Amigos do Jekiti

Deixando a hipocrisia tucana de lado, digo que o Estado precisa rever sua política de saúde pública e de segurança - aquela em relação ao viciado, esta em relação ao tráfico e ao usuário.
Enquadrar traficante e usuário no mesmo artigo do código penal, além de injusto, é inócuo, devido a diferença de grau de delitos e porque um é a causa da violência e outro é o efeito. Não que o usuário de fato seja um deliquente, mas de acordo com o nível de envolvimento pode o Estado considerá-lo um usuário ou dependente. Este deve se coberto por uma política de saúde ampla e eficaz e não como é hoje, quando o usuário passa apenas por 15 dias de desintoxicação; e muito menos na forma de tratamento dada pelos Centros de Atenção Psicossociais (CAPS), onde o dependente passa por avaliação periódica de profissionais, mas continua em contato com sua realidade. Neste aspecto, o grande erro da política aos dependentes está justamente em deixar em suas mãos a escolha de querer ter uma vida normal ou viver em função do vício.
Quem pode pagar clínicas voltadas ao tratamento do dependente químico ainda tem condições de ser reinserido socialmente, diferente da grande maioria pobre que depende exclusivamente de uma política de saúde obsoleta e ineficaz. Essa gama de meninos e jovens miseráveis fica desamparada, perambulando pelos guetos e ruas, a mercê de traficantes e da violência policial. Para mudar este quadro, suponho, o governo precisa encarar o problema do usuário, através da criação de clínicas gratuitas, priorizando dependentes químicos das classes mais baixas, e estes serem tutelados pelo Estado até que se recuperem.
Quanto à descriminalização da maconha sou a favor, simplesmente porque ela é de todas as substâncias que menos traz prejuízo à saúde e corresponde por mais de 50% do tráfico neste país. Segundo especialistas há drogas legais, como o álcool, mais danosas à saúde que a própria maconha, mas como a bebida tem forte influência na economia é permitida e ninguém questiona sua liberação mesmo quando é a causa de muitas mortes no trânsito. A descriminalização da maconha é um fato muito relevante se a compararmos com o álcool, pois, além de diminuir a violência, acaba com a hipocrisia. Obviamente a regulamentação do seu uso deve seguir um critério de controle para que o Estado tenha condições de aferir quem vende e quem usa.
No meu ponto de vista a escola tem papel fundamental em prevenir que jovens sejam usseu usouários de drogas, através do debate honesto, sem máscaras, e fazer dos conselhos municipais um canal de acesso à administração municipal, para que esta programe ações para que os adolescentes tenham perspectivas profissionais, via aplicação de cursos profissionalizantes, e também de condições para que eles possam potencializar suas aptidões artísticas e esportivas.
Quanto ao crack sou a favor da repressão (ponto).

9 comentários:

TOKADARTE disse...

No meu ponto de vista, quanto a maconha, o governo deveria plantar e vender, gerando renda para repressão de outras drogas, recuperação de viciados através da arte, construção e manutenção de clinicas repressão a traficantes etc. etc....

Anônimo disse...

Jekiti, seu blog seria ótimo se se restringisse unicamente a artigos que, embora polêmicos, despertam discussóes que fazem as pessoas pensarem e refletirem sobre a realidade hodierna.

Mas há um seu amigo da onça aí que emporcalha completamente o teu serviço neste blog, e o leva à sarjeta da escória anarquista daqueles que se divertem apenas com a desordem moral e intelectual.
Você faz e 'ele' desfaz.
Não entendo o porquê dessa sua complacência.

Amigos do Jekiti disse...

Sou pela liberdade de expressão. Cada um tem seu estilo, sua maneira de ver as coisas e de se expressar.
Não pense que às vezes eu reluto em restringir comentários para os anônimos que só entram aqui para denegrir pessoas.O Cequinel é uma grande amigo e gosto do seu estilo corajoso de colocar suas convicções. Ele joga limpo, tem coragem de se posicionar e, principalmente, tem uma vida digna.
Se conhecê-lo pessoalmente verá que se trata de uma "dama". hahaha!
O anarquismo não tem nada de pejorativo, esse movimento tentou criar uma nova sociedade libertária, sem regulamentações e divisão de classes. Aqui no Paraná teve uma experiência interessante, no município de Palmeira,onde anarquistas italianos fundaram a Colônia Cecília, no final do século 19. Sugiro que vc procure saber a respeito da comunidade experimental que durou pouco tempo. Apesar do fracasso essa experiência foi válida, principalmente na tentativa de montar uma sociedade igualitária, cujo fruto ainda perdurar em muitos movimentos sociais.
Recomendo a leitura.
abraço

PAULO R. CEQUINEL disse...

Realidade hodierna? Valores pátrios? Deus, Família e Liberdade? Valores cristãos e ocidentais? Comunistas debaixo das nossas indefesas camas? Anarquismo e culto aos ourinóis esmaltados? Escória anarqista, desordem moral e intelectual? Complacência? Hímem complacente? Fedores nauseabundos?
Prezado Luis Henrique, você está obrigado a tomar uma decisão definitiva, a de restaurar os bons costumes por aqui.
Paulo Roberto Cequinel
The Pretty and Crazy Dame of Hell

Anônimo disse...

O Jekiti está certo, por outra razão. Os assuntos aqui tratados são, por vezes áridos, sendo necessárias variantes que temperem a aspereza.
É aí que o Cekinel entra. É o 'bobo da corte', ao qual ninguém confere seriedade.
Nem por isso deixa de ser um porco e mais que porco, porco chauvinita.

Anônimo disse...

chauvinista

Amigos do Jekiti disse...

Escuta aqui!
Ele te abandonou no altar?

Amigos do Jekiti disse...

Maurício, excelente ideia.
Se não me engano a maconha também tem outra utilidades, conforme pesquisa científica. Ela também pode servir como fonte de investimento para tratamento de dependentes de outras drogas.
É isso aí.

Anônimo disse...

FHC e sua eterna demagogia, sempre oportunista ele se apresenta como o salvador dos maconheiros.
Por que não tomou atitudes enquanto era presidente?
Cabra safado!
FHC e SERRA são dois safados.

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento