Senhoras e senhores, como não poderia deixar de ser, um anônimo me provocou sobre o que saíra na revista Veja a respeito do raio X da corrupção. Como não poderia deixar de ser, sua intenção era ligar a matéria ao governo do PT e mais, como o anônimo deve ter interesse nas eleições de 2012, está se borrando de medo de alguma candidatura petista para a prefeitura de Antonina.
Mas como aqui a ideia é colocar tudo às claras, digo ao “sombra” que se ele quiser ser um candidato em potencial, logicamente, deve fazer como o "Serra", o padroeiro das virgens abortivas, e andar agarrado no saco do atrasado, como ele fez em 2010. Embora você tenha o hábito de ser do contra, mesmo que as evidências lhe monstrem o contrário, não posso furtar-me em avisá-lo sobre o risco que você corre de dar com os burros n´água, como aconteceu com o santinho do pau oco. Se você estudou um pouquinho de interpretação de texto, verá que a reportagem, à qual você ligou ao PT, não informa em nunhma das suas linhas o nome de um membro do governo, mas como você não tem senso crítico (para ser educado) preferiu ligar a corrupção ao PT.
Para ser mais correto, antes preciso informá-lo que as licitações são regidas pela Lei 8.666/93 e esta prevê que os preços praticados pelo mercado não podem ultrapassar 25% do que fora previsto na modalidade licitatória. Depois de licitados o contrato é passível de ser alterado em seus valores, via termo aditivo, mas, para ter validade, o órgão contratante deve justificar os valores e imediatamente enviar à procuradoria que dará ou não o aval. Esses termos aditivos são muito comuns durante a vigência do contrato,mas se por ventura, algo fugir do seu objeto, caberá aos órgãos de controle (auditoria e controladoria) providenciar sindicância ou inquérito administrativo e, confirmado o delito, enviar ao ministério público para que se abra inquérito criminal, desde que a Polícia Federal encontre provas consistentes para justificar o processo.
Para você não achar que é alguma cola do Google, digo que conheço o assunto, só não vou dizer como, para você não me achar muito pedante. A corrupção, meu caro, é de fora para dentro, na grande maioria dos casos, e a lei, como tem brechas, pois exige o menor preço e, por conta disso, muitas empresas concorrentes apresentam suas propostas no teto máximo, os contratos com as instituições públicas geralmente ultrapassam o valor de mercado. Como a lei é vertical, muitas empresas montam verdadeiros cartéis e entre elas fazem acertos para que uma apresente a menor proposta, enquanto as outras esperam por outras licitações para pegarem a sua fatia do bolo. Essa praxis é muito comum nas grandes empresas, pois a legislação não faculta avaliações de custos e benefícios, desempenhos e outras análises mais apuradas sobre o obejto licitado, somente o menor preço.
Para se evitar os desmandos, a procuradoria, auditoria e controladoria, auditam os processos e, se por ventura forem abusivos ou fugirem de seu objeto, depois dos trâmites legais acima expostos, os envolvidos serão indiciados e condenados, mas para isso acontecer é preciso que o processo judicial seja tramitado em julgado.
Para se evitar os desmandos, a procuradoria, auditoria e controladoria, auditam os processos e, se por ventura forem abusivos ou fugirem de seu objeto, depois dos trâmites legais acima expostos, os envolvidos serão indiciados e condenados, mas para isso acontecer é preciso que o processo judicial seja tramitado em julgado.
Mas voltemos, aos petistas canalhões, ladrões do erário público, que a Veja tenta, nas entrelinhas ligar à corrupção. Se você for imparcial e prestar bem atenção no que fora colocado, verá que a reportagem não cita nomes, muito menos suspeitos. A Veja só faz ilações, com o objetivo de passar aos leitores que o governo Dilma é um mar de corrupção e que o PT não passa de uma quadrilha que só quer roubar o erário público. Quem leu e é tendencioso, na certa vai concluir que a reportagem indica que há uma gangue petista corrupta por traz de toda essa investigação, mas os que não são ignorantes perceberão que a investigação é comandada pelas próprias instituições do governo federal.
Entender a Veja como uma revista séria é uma maneira alienante de enxergar o Brasil, suas instituições e os avanços sociais desses últimos oito anos, A Veja, como a Folha, Estadão e Globo, estão a serviço dos seus próprios interesses, isto é, vender o país, como foi no período FHC, para os americanos. Essa gritaria feita por essa imprensa velhaca sobre crise inflacionária, gasto publico, corrupção, falta de estádio para a copa, caos em aeroporto, só convence pessoas desinformadas, como esse anônimo cego e ignorante, que não enxerga um palmo na frente do nariz.
Entender a Veja como uma revista séria é uma maneira alienante de enxergar o Brasil, suas instituições e os avanços sociais desses últimos oito anos, A Veja, como a Folha, Estadão e Globo, estão a serviço dos seus próprios interesses, isto é, vender o país, como foi no período FHC, para os americanos. Essa gritaria feita por essa imprensa velhaca sobre crise inflacionária, gasto publico, corrupção, falta de estádio para a copa, caos em aeroporto, só convence pessoas desinformadas, como esse anônimo cego e ignorante, que não enxerga um palmo na frente do nariz.
É preciso ter senso crítico, meu caro, pois a reportagem da Veja nada mais é que a anatomia do golpe e não da corrupção.
ANATOMIA DA CORRUPÇÃO
Veja, 06/06/2011
Peritos da Polícia Federal descobriram como se assaltam os cofres públicos sem deixar rastros e ao abrigo da lei. Uma dúvida atormentou por muito tempo as melhores cabeças da Policia Federal. Ao investigarem quadrilhas envolvidas em obras públicas, policiais deparavam frequentemente com um quadro incompreensível. Tanto nas conversas telefônicas interceptadas quanto nos e-mails apreendidos, era comum flagrar empresários e executivos falando sobre desvio de dinheiro, pagamento de propina a funcionários públicos, remessas para o exterior por meio de caixa dois e demais assuntos que compõem o repertório clássico da corrupção que emerge sempre que entre o dinheiro público e um fornecedor privado de produtos ou serviços existe um intermediário desonesto. Mas, mesmo com a certeza de estarem diante de um crime, os investigadores muitas vezes não conseguiam responder a uma pergunta crucial: de onde vinha o ganho dos criminosos? Isso porque, apesar das evidências gritantes de falcatrua, quando os agentes da policia analisavam os contratos firmados entre as empresas e os órgãos públicos, chegavam à conclusão de que os preços que elas cobravam estavam dentro dos limites legais – ou seja, não havia superfaturamento. Ora, se não havia superfaturamento, não havia ganho ilegal e; se não havia ganho ilegal, todo o resto deixava de fazer sentido.
Em março, a dúvida dos investigadores deu lugar a uma explicação cristalina. Depois de dois anos de análise minuciosa de contratos públicos, levantamento de notas fiscais, checagem de custos de 554 compras empreendidas em obras do governo e visitas in loco de algumas dezenas de canteiros de obras, peritos da PF descobriram o “pulo do gato” – ou, mais apropriadamente neste caso, do rato. O truque pode ser chamado de “superfaturamento oculto”.
Para entender essa criação genuinamente brasileira, é preciso fazer um rápido mergulho no mundo das licitações. Há muito tempo, o governo federal é cobrado a estancar o desperdício que mina dos contratos de obras públicas e corrói seus cofres. Para dar uma resposta a isso, desde 2003 a Lei de Diretrizes Orçamentárias passou a exigir que os órgãos públicos, antes de fazer qualquer pagamento, observem as tabelas oficiais de referência de preços. Essas tabelas, formuladas em conjunto por diversos órgãos do governo, contêm os valores médios dos principais materiais de construção e insumos usados em obras de engenharia civil. A primeira delas chama-se Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi). A segunda, Sistema de Custos Rodoviários (Sicro). Há oito anos, seu uso é obrigatório. Muito bem. Para órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União, um preço só é classificado como “superfaturado” se estiver acima dos valores constantes do Sinapi e do Sicro. Tudo o que estiver dentro do limite das tabelas é considerado legal.
O que a PF descobriu, e que causa espanto, é que as duas tabelas oficiais já trazem preços muito superiores aos praticados pelo mercado. Uma rápida pesquisa realizada pelos peritos policiais no comércio revelou que os preços dos produtos mais usados em obras de engenharia estão, em média, 20% mais altos do que deveriam.
Se o leitor, por exemplo, for a um depósito para comprar um tijolo cerâmico do tipo “oito furos”, pagará 44 centavos a unidade. O mesmo tijolo, adquirido pelo governo. sairá por 56 centavos. A diferença, de 27%, é carregada para o ninho dos ratos da corrupção. Em produtos como a tinta látex acrílica, ela chega a 128%. No forro para teto, do tipo bandeja, as tabelas trazem valores até 145% mais altos que o usual. Ou seja, basta as empresas seguirem a tabela ao pé da letra para obter uma espécie de “superfaturamento legal”.
Os peritos da PF que descobriram o golpe fizeram registrar em seus relatórios um outro alerta: dado que o governo nunca compra só um tijolo – suas encomendas começam invariavelmente na casa do milhar – e quem compra em grande quantidade sempre tem direito a desconto, seria de esperar que nas obras públicas de grande porte os valores unitários acabassem ainda mais em conta. Ocorre que os valores registrados no Sinapi e no Sicro não levam em consideração a escala. Com isso, o governo dá de bandeja mais um motivo para as empreiteiras deitarem e rolarem. Elas cobram preços muito acima dos de mercado, fazem isso à sombra de regras estipuladas pelo próprio governo e, assim, ficam inalcançáveis pela lei – e pelas auditorias do TCU.
Os três órgãos responsáveis por elaborar as tabelas de referência – o IBGE, a Caixa Econômica Federal e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) – alegam que elas representam o teto do que o governo pode pagar, e não a média dos preços do mercado. Ocorre que, obviamente, as empreiteiras sempre preferirão – e darão um jeito de fazer valer seu desejo – receber pelos valores de “tabela cheia”.
Há diversos formas de conseguir isso. A primeira é contar com a conivência de quem organiza a licitação. Segundo o Ministério Público Federal, foi o que aconteceu na licitação para a construção do trecho da Ferrovia Norte-Sul que corta o estado de Goiás. O trabalho foi dividido em sete lotes. Havia diversas empreiteiras interessadas em participar da concorrência, mas a Valec, a estatal que cuida da construção de ferrovias, habilitou apenas sete empresas, uma para cada lote. Ou seja, não houve disputa alguma. Todos os que entraram no certame sabiam que iriam ganhar um lote. Com isso, jogaram o preço lá no alto, cientes de que não seria preciso superar nenhum concorrente. Quando os envelopes da licitação foram abertos, os preços oferecidos pelas empreiteiras para cada um dos lotes eram apenas 0,5% mais baixos do que o teto previsto no edital, com valores baseados no Sinapi e no Sicro. O governo pagou 245 milhões de reais apenas pela construção de um dos sete trechos. Desse valor, concluíram os peritos da PF, 50 milhões de reais foram superfaturados.
A outra forma de conseguir cobrar o preço cheio é adotar o acerto direto entre as empresas – o que se chama, no jargão dos investigadores, de conluio. Os empresários que vivem de obras públicas se reúnem e acertam quem ficará com cada uma das obras tocadas pelo governo. Um não invade o território do outro e todos ficam satisfeitos. Nesse tipo de acordo, várias empresas entram em uma licitação para “fazer número”. Mas apenas uma oferece um preço um pouco abaixo do teto das tabelas. Todas as demais extrapolam os valores. Na contabilidade dos ratos da corrupção, mais vale tocar uma única obra com “tabela cheia” do que conseguir vários contratos com margem de lucro apertada. Os peritos enfileiram uma relação de mais de uma dezena de obras públicas em que, teoricamente, houve licitação, mas as propostas vencedoras, como no caso da Norte-Sul, ofereciam menos de 1% de desconto em relação ao teto das tabelas. “Quando não existe competitividade no certame licitatório e o vendedor oferece desconto irrisório em relação ao orçamento de referência, há uma considerável margem ‘legalizada’ para superfaturamento”, diz o relatório da PF.
Para os investigadores, é dessa margem que as empreiteiras retiram os milhões de reais que doam aos partidos políticos a cada eleição. Não era fácil entender como as empresas desses ramos conseguiam operar com boa margem de lucro, dentro do limite legal, e ainda despejar milhões de reais nas mãos dos políticos. “A margem oculta de negociação muitas vezes é utilizada para manter organizações criminosas”, crava o relatório dos peritos.
Falar em organização criminosa aqui não é força de expressão. Depois de ler os relatórios da PF, o Ministério Público Federal abriu um novo inquérito por suspeita de que as empresas teriam cooptado pessoas das equipes que formulam as tabelas oficiais de preços para inflar as cotações. Nos últimos meses, as descobertas da PF foram compartilhadas com o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas, a Controladoria-Geral da União e a Secretaria de Direito Econômico, ligada ao Ministério da Justiça. O governo já foi informado do descalabro, mas, até agora, não esboçou reação. Já as empreiteiras se mexeram rápido: antes que o trabalho da PF e a investigação do MP resultem em qualquer medida que venha a ferir seus interesses, elas deram início a um lobby frenético para reajustar os valores do Sinapi e do Sicro. Sim, querem subir ainda mais os já inflados valores de referência.
Uma montanha de verbas públicas está prestes a ser despejada nas obras destinadas à Copa do Mundo de 2014. Pelos cálculos da PF, dos 24 bilhões de reais que serão gastos no Mundial, 5 bilhões ao menos podem ir pelo ralo da corrupção com a providencial ajuda das tabelas de referência. O objetivo dos ratos da corrupção é roer o dinheiro público sem deixar rastros. O do governo deve ser exterminá-los - e acabar de uma vez por todas com essa farra.
9 comentários:
Jekiti, pra Você, nenhum órgão de divulgação presta.
Você tem sua própria policia secreta para informações fidedignas? Onde é a sede de tua PIDE? Seria o Antoninense^?
E tem outra:- Vai pra nove anos que o governo federal é do PT e essa sacanagem toda não diminuiu: SÓ AUMENTOU.
Quem é o culpado agora? É o PSDB, é o DEM? Parece que o PT se aliou aos piores canalhas do passado, e 'aperfeiçoou' os seus métodos...
Ah sim! Entendi! E o exemplo do Lula: - acontece, mas ... "não sei de nada"...Se não sei, estou de 'alma limpa'... O pior cego é o que não quer ver. Isso vale pro Lula et caterva toda.
PT??? Tenho respeito pelo Eduardo Bó. O resto pode margar, isto é, largar no mangue.
essa bandalheira toda, e vem o jekiti dizer que é golpe da imprensa... valha-me padim CIÇO! Fala que não é do PT mais tem o s... mais roxo que os petistas.
Antoninense é cego, surdo mas não é mudo( alguns). Parece que ainda os ouço de madrugada na rua XV, passando em direção ao mercado, com seus tamancos. Sim tamancos feitos de cacheta, a última fábrica que pertecia ao Sr. Juca Araujo, fechou na década 50. Antoninense também é crédulo, acredita em promessas de políticos ( agora vai ), na Globo, na Veja e na Folha de SP. Precisa avisar o pessoal de Antonina, que o tempo passou, o mundo mudou e vai mudar mais ainda. Provavelmente muitos vão ter que mudar suas casas por causa do aquecimento global e o aumento do nível da maré. Nem assim eles vão acreditar. Isto deve ser coisa do PT.
Para o povo ignorante, alienado e tacanho de Antonina, tudo é culpa do PT.
A corrupção do PSBD edo DEM eles não comentam porque são todos reacionários raivosos e jogam as culpas conforme lhes convêm.
Para o zépovinho antoninense até o vulcão do Chile é culpa do PT.
Só falta culpar o PT pelas chuvas que alagaram Antonina.
É por isso tudo que Antonina é uma cidade tão próspera, moderna e cheia de perspectivas hahahahaha
Geraldo
Muito esclarecedor e extremamente didático o texto. Qualquer leigo entenderá de pronto. Só não "entenderá" aquele que já é do contra. Para os anônimos que insistem em avalizar a velha mídia, indico, humildemente, o brilhante trabalho desenvolvido pelo ínclito e insuspeito jornalista Luiz Nassif sobre a VEJA. Basta ir ao google e digitar NASSIF X VEJA. Saludos.,.
única imprensa confiável é o JORNAL DE JEQUIÉ, que assim rima com JEKITI. Desculpem o jornaleco do PARTIDÃO também é inteiramente confiável. E também os jornalecos do reino: TODOS SÃO IMPARCIAIS....
quem não lê é ignorante. quem lê o que "eles" não querem que seja lido, também é ignorante.
Só é 'sábio' quem lê o que o Jekiti manda. O reino inteiro tem que ler só Kant, Lula, Marx, Zé Dirceu, Schopenhauer e as porcarias publicadas no jornaleco do ParTidão ...
Se quer, a gente fala: São Pedro é do PT. Então, o PT é o culpado pelas chuvas. E pela falta de verba também, que a Senadora, agora chefe da casa civil, só veio aqui pra fazer fricote.
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