"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



segunda-feira, 14 de novembro de 2011

AOS PROFESSORES DE ANTONINA

PEDAGOGIA DO OPRIMIDO

Em mais uma de suas grandes obras, Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire vem nos conscientizar sobre a importância de uma sociedade menos dominadora. Talvez, para muitos, isso seja uma utopia.
“É evidente que, em uma sociedade cuja estrutura conduz à dominação de consciências” (Fiori, 1967, p.9) não é tarefa fácil despertar os indivíduos para a libertação. Como educadores, e tendo noção dessa opressão, devemos atenuar os efeitos de uma educação que massacra as massas populares, reduzindo-as a uma parte da sociedade não pensante, na condição de somente obedecer a tudo.
Para que o oprimido saia da condição em que se encontra, é necessário que ele tenha senso crítico e que não aceite passivamente a falsa generosidade de seu opressor. É preciso que ele se liberte de maneira consciente e que saiba do seu valor como cidadão, não se sentindo menor do que aquele que o oprime.
O autor critica os sectários, argumentando que “A sectarização é castradora, pelo fanatismo de que se nutre”, e defende a radicalização, mas num sentido construtivo: “A radicalização, pelo contrário, é sempre criadora, pela criticidade que a alimenta”.
“Dizer que os homens são pessoas e, como pessoas são livres, e nada concretamente fazer para que esta afirmação se objetive, é uma farsa” (op. cit. p.36). É muito fácil nos mostrarmos solidários com a classe oprimida, mas na práxis, não fazermos nada. Tal atitude nos remete à posição de exploradores; atuando sobre os homens para, doutrinando-os, adaptá-los cada vez mais à realidade que deve permanecer intocada. Não podemos trabalhar com concepções que não refletem a realidade dos alunos, somente impondo-lhes um modelo de bom homem, ou entregando-lhes conhecimentos. “Ao revolucionário cabe libertar e libertar-se com o povo, não conquistá-lo”.
O autor faz, ainda, críticas às práticas educativas arbitrárias às quais fomos e somos submetidos há anos. A Educação Bancária, como ele cita, é um exemplo disso. Os educandos são depositários de informações, não tendo a mínima noção de seu significado, nem conhecimento crítico. Sem esse conhecimento, o homem não é capaz de transformar o mundo. “A práxis, porém, é reflexão e ação dos homens sobre o mundo, para transformá-lo. Sem ela, é impossível a superação da contradição opressor-oprimidos” (op. cit. p.38). Ainda utilizando citações do autor, podemos perceber as intenções opressoras dos dominadores: “Para dominar, o dominador não tem outro caminho senão negar às massas populares a práxis verdadeira. Negar-lhes o direito de dizer sua palavra, de pensar certo”. Para os dominantes não é importante que as massas pensem, porque isso significaria não mais dominá-las, pois: “A invasão cultural, que serve à conquista e à manutenção da opressão, implica sempre na visão focal da realidade, na percepção desta como estática, na superposição de uma visão do mundo na outra. Na ‘superioridade’ do invasor. Na ‘inferioridade’ do invadido. Na imposição de critérios. Na posse do invadido. No medo de perdê-lo”.
Concluindo, Paulo Freire deixa-nos mais um referencial para que a educação possa ser repensada, reestruturada, sendo a base para a formação de cidadãos atuantes no convívio social, e nos ensina, mais uma vez, a acreditar e apostar no povo e nos homens.
A leitura dessa obra é indispensável aos educadores, pois a questão da libertação dos oprimidos ainda se apresenta como o maior desafio de homens e mulheres que desejam construir o seu tempo e espaço na história.
PEREIRA,J.R.; WERLANG, L.M.S. "A influência do Pensamento de Paulo Freire na L.D.B." 2002. Trabalho de Conclusão de Curso - Letras, Universidade de Taubaté, São Paulo, 2002.

4 comentários:

O BARÃO DO MORRO DA CRUZ disse...

A Pátria e a Família agradecem! A volta da Tradição do Ensino Religioso nas escolas cariocas.

18/10/2011
By Plinio Salgado





Estimados Comphradres,

Aos quinze dias deste mês solenizou-se, em solo pátrio, o Dia do Mestre.

Nós, Homens de Bem e de Benz que compomos a última barreira ante a total tomada do poder pelos stalinistas, só temos a comemorar! Nossos planos em prol da retomada da Sociedade de Valores baseada na Tradição, Família e Pátria obteve mais uma acachapante vitória:

Em solene sessão realizada na Câmara Munnicipal do Rio de Janeiro, os notháveis camaristas da muy leal e valoroza Provincia de São Sebasthião do Rio de Janeiro aprovaram, com unanimidade, o projetho de Lei n° 862/2011 encaminhado pelo honroso Alcaide, membro iniciado há muito introduzido em nossos alargados círculos.

O preceito emanado por nosso consorte determina que a Authoridade Munnicipal se comprometa, de imediato, contratar e suster nossos recém-graduados seminaristas (rapazes de inegável vocação sacerdothal que neste momento superabundam nos átrios de nossas desículas), para que estes professem ensino religioso “facultativo e obrigatório” aos jovens mancebos fluminenses que terão uma oporthunidade ímpar de aprender valores morais, éthicos e de respeito que jamais teriam se não fosse por esta santa proposta.

Com esta acertiva, nosso Alcaide cumpre sua obrigação, assumida e acordada diante da Santha Mirtra, na ocasião de sua campanha, confirmando sua vocação de intempera mucosidade ovular, isto é, para a servidão às causas nobres e de benz. Lembrem-se que este, em tenra idade, servira na condição de coroinha ao finado Arcebispo de Olinda (que deus o tenha!) por quem era chamado graciosamente como “dudu”.

Hoje, nosso prestimoso prefeito está à serviço do thetrarca das cercânias do Rio de Janeiro, o Dom Cabral, que aliado ao Barão Von Eike formam um deltha de honradez e incorrupção: embocadura moral de onde convergem todos os valore$ e virthude$ que se ramificam em dádivas aos homens bons!

Regozijem-se Bons Homens! Assim avançamos nesta contra-ophensiva à ameaça búlgaro-bolchevique que pretende fazer de thodos nós, homens virthuosos, seres suprantados e alijados de nossos Valore$ e Benz. No phrescor de nossos aposenthos temos tido colossal sucesso na formação de uma cheirosa brigada de resisthência à ameaça comunista!

Desde então, só themos ajuntamos vitórias rumo a redentora e definitiva, que breve se acircunvizinha!

Anauê!

Seu Jorge Marionese disse...

Bela notícia, que sirva de exemplo aos outros alcaides. E a luz do que diz a bíblia podemos dispensar os professores de física, química e biologia que tanto encarecem a folha salarial. Estas disciplinas do demônio negam que Deus criou Adão de quem somos decendentes!!!

É uma dádiva moral e cívica, com grandes reflexos na gestão de gastos, afinal como estes Cristãos trabalham por amor a Deus não necessitam de dinheiro, portanto não precisam de salário. Por isonomia, o restante da categoria vai ter que trabalhar também sem salário. Vamos acabar com esta corja de comunas que infestam as escolas, professor trabalha por AMOR!!! Tudo que vier além disso é lucro para eles!!! Quero ver se voltam a fazer greve agora!

Vivian Maria da Silva disse...

Barão vá a merda!!!!

Se meu filho fosse aluno de uma escola que obriga a educação religiosa,e essa versasse apenas sobre uma,no caso a católica,deixando as demais de fora…isso se constituiria em DOUTRINAÇÃO,o que é muito diferenrte de EDUCAÇÃO. Se fosse obrigatório,tiraria meu filho de lá…sem contar que se os padres fossem professores… meu filho não estudaria lá.Nem tanto por ter em suas fileiras pedófilos,o que pode ocorrer em qualquer empresa ou instituição.Mas pelo fato de negar,esconder,comprar o silêncio e com isso permitindo que essa prática enojante seguisse fazendo vítimas,até pela certeza da impunidade.Além do fato de demonstrar que os padres sentem necessidade de sexo e deveriam casar.Melhor isso que comer criançinhas.Não penso que uma religião deva ser ensinada.Isso contradiz o espírito,pois se Deus existe,ele deve ser sentido e isso dispensa a educação católica,que sempre andou de mãos dadas com o poder…salvo alguns bons,protagonizou chacinas…em nome de Deus.Viva o contraditório,que a Igreja Católica não admite.

Amigos do Jekiti disse...

hahahaha...esse barão!!

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento