"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

E SE FOSSE A PETROBRAS?

CUMPLICIDADE ESCANDALOSA
As duas fotos aí de cima foram publicadas pelo blog SkyTruth ,especializado em interpretação de foto de satélites com fins ambientais, mantido pelo geógrafo John Amos, e registram em dois momentos o que é identificado como sendo a mancha de óleo provocada pelo vazamento no poço da Chevron-Texaco e que está sendo mantido na sombra pela imprensa.
Cheguei até elas pela dica do leitor Henrique, que parece ser mais eficiente que toda a imprensa brasileira reunida.
Aliás, os próprios releases dizem que há 18 navios trabalhando no combate ao vazamento. Devem ser navios-fantasmas, como é a direção da Chevron. Não têm nome, não têm comandante, não tem tripulação, não têm coordenadores. Não há uma pessoazinha que seja, com nome e sobrenome, que diga: “olha, as coisas aqui estão assim ou assado”.
Ninguém tem uma máquina fotográfica, uma filmadora, um reles celular que tire fotos. Internet, então, nem pensar.
Será que vamos ter que esperar que coloquem uma mensagem na garrafa, para que a nossa imprensa publique algo além de notas oficiais?
Atualização: a Chevron diz à ANP que a mancha tem 163 quilômetros quadrados de extensão e estima em até 880 barris o vazamento. Bem, se na mancha tiver 1o ml (uma tampinha de xarope) por metro quadrado, isso daria 1,6 milhões de litros, ou dez mil barris de petróleo (163 km2 = 163 milhões de metros quadrados. Que história mal contada! Nem as informações de release são coerentes, e ninguém questiona. Quem vai dar explicações ao país?

A GLOBO NÃO MOSTRA TUDO, MAS SE FOSSE A PETROBRAS...
Reproduzo, aí em em cima, a leitura de um press-release da Chevron feita dia 15/11/2011, pelo Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão. uma vergonha para o corpo de profissionais da emissora, que tem capacidade e profissionalismo para cobrir este fato.
A mancha de óleo nem sequer é visível e o que se mostra é uma única foto, fornecida pela empresa (como assim, uma foto? não tinha filme na máquina? não tinha uma camera de vídeo?)
Não é um registro improvisado de um acontecimento de última hora, o que o justificaria, mas um vazamento que começou há uma semana.
E há uma semana não há uma pessoa que dê declarações, entrevistas, não há uma foto senão esta – onde o petróleo mal aparece – nem nenhum vídeo.
E o pior, há.
Porque nem é preciso aceitar o que vem sendo publicado aqui, basta ir ao site da Nasa e ver a foto em altíssima resolução, com a mancha perfeitamente visível. Está aqui a de segunda-feira, já que ontem e hoje a nebulosidade encobre a área.
Mas, já pela delimitação da área da mancha mostrada no post anterior, dá pra ver que não é verdadeira a informação de que o vazamento se limita a 600 barris.
Blog Tijolaço, do Brizola Neto

7 comentários:

JUBA disse...

A Chevron-Texaco é a mesma empresa incopetente do desastre do Golfo do México. Observe-se que a mancha de óleo não para de crecer e é trazida pelas correntes, cada vez mais para o Sul. Prenuncia-se o maior desastre ecológico do Atlantico Sul. Não pensem que não pode chegar ao Paraná.
Como vão ficar milhares de pescadores que vivem na região atingida. Como vai ficar a fauna marítima. O Golfo do México até hoje ainda não se recuperou.
Onde está o PIG para cobrar? O governo Federal está fazendo a sua parte. A polícia Federal já está no caso.

Anônimo disse...

O golpismo da mão invisível da imprensa
Gilson Caroni *


O reino dos céus, de acordo com a tradição cristã, será dos homens de boa fé. A eles já pertencem, na sua íntegra, os conteúdos noticiosos do dispositivo midiático nativo.


No momento em que a Comissão Europeia prevê um forte freio na atividade econômica em 2012 e não descarta a hipótese de uma longa e profunda recessão, editoriais e os conhecidos representantes do jornalismo de mercado pregam como "medidas de cautela contra o contágio" a mesma agenda que quase nos levou ao colapso nos oito anos do consórcio demotucano.

Fingindo ignorar que se rompeu uma coisa que já estava rompida, homens e mulheres de "boa fé," de prestigiosas redações, voltam a aplicar a estratégia do terrorismo econômico, na expectativa de gerar uma profecia que se auto-cumpre. Enquanto o Banco Central, acertadamente, revê medidas de restrição ao crédito, depois de ter iniciado a redução das taxas de juro em agosto, os oráculos da grande imprensa sonham em ver reinstalada a política fundamentalista que, de 1994 a 2002, implementou radical mecanismo de decadência auto-sustentada, marcada por crescentes dívidas e desemprego, e anemia da atividade econômica.

O Brasil ideal seria aquele com juros elevados, maior dificuldade de financiamento, menor mercado para exportações e a volta a negociações duras com bancos e organismos multilaterais. A nostalgia cega qualquer possibilidade de análise séria. Se a liberdade de imprensa é tanto mais ampla quanto maior for a responsabilidade ética dos que a fazem diariamente, podemos afirmar, ancorados em um razoável número de citações jornalísticas, que só a regulamentação da mídia pode salvar a esfera pública por ela ameaçada.

No capítulo das mentiras complexas que se arrastam há décadas, há que se arremeter com energia demolidora contra o sequestro da moral pública pelos critérios que definem a lógica do mercado. Está em curso uma ação que não tem outro objetivo senão o do esvaziamento da essência da política.

Não há mais como transigir, em nome da diversidade de opiniões, com a velha ortodoxia assimilada pelos jornalões, portais e emissoras de televisão como "exemplo de racionalidade econômica". O receituário se repete como mantra: liberalização do comércio; ênfase no setor privado como fonte de crescimento, incluindo a privatização de empresas estatais; redução geral de todas as formas de intervenção governamental no mercado de capitais e no câmbio; precarização dos direitos trabalhistas e sucateamento do Estado. Já aprendemos demais com a tragédia para vê-la rediviva como farsa.

Sabemos que a desregulamentação dos mercados financeiros resultou numa explosão da dívida privada, numa especulação nunca vista anteriormente e abusos sórdidos do capital financeiro. O fundamento religioso de mercado está na base do estancamento da economia global e da crise que afeta a zona do Euro. Por que reeditá-lo por aqui? São inocentes os consultores e jornalistas de plantão? Não.

Eles sabem que a repercussão de alguns destes problemas vão bem além da esfera econômica. A capacidade de sobrevivência de governos democráticos como os do Brasil, Argentina, Uruguai, entre tantos outros, frente a contínuas reduções do nível de vida, seria discutível. Das redações o mercado articula o golpe. São insanas as corporações midiáticas? Não, são ávidas de poder, riquezas e inimigas juradas da democracia. O desprezo com que se referem às instituições representativas revela o autoritarismo que embasa sua estrutura discursiva. É preciso dar um basta aos que se inclinam, siderados, a qualquer aventura antidemocrática. A "mão invisível" se move implacável em edições diárias.

Extraido do blog Oni Presente.




* É professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

JUBA disse...

MÍDIA - Vazamento da Chevron. Cadê a Globo?
Por Altamiro Borges

Há cerca de uma semana ocorrem vazamentos de petróleo no poço da Chevron-Texaco no Campo do Frade, na Bacia de Campos (RJ). Estima-se que estejam sendo lançados ao mar de 200 a 330 barris de óleo por dia. Apesar da gravidade do acidente ambiental, a mídia corporativa tem evitado dar destaque ao assunto. Será que ela recebe algum “mensalão” da multinacional estadunidense?

Nos jornalões, apenas pequenas notas da assessoria de imprensa da corporação. Um dos tecnocratas da incompetente Chevron chegou a culpar a natureza pelo acidente. Nas televisões, o silêncio é criminoso, conforme criticou Fernando Brito, do blog Tijolaço. É como se o acidente não existisse. Caso o desastre ocorresse numa plataforma da Petrobras, a mídia privatista faria o maior escândalo.

Dois motivos da mídia privatista

Há informações de que 18 navios já trabalham na contenção do vazamento. Mas a mídia nada fala. “Devem ser navios-fantasmas, como é a direção da Chevron. Não têm nome, não têm comandantes, não tem tripulação... Será que vamos ter que esperar que coloquem uma mensagem na garrafa para que a nossa imprensa publique algo além de notas oficiais?”, ironiza Fernando.

O silêncio criminoso da mídia tem duas explicações. Uma econômica, já que as multinacionais do petróleo gastam bilhões em anúncios publicitários nas revistonas, jornalões e emissoras de TV. Seria um tipo de “mensalão” para comprar a sua cumplicidade. A outra razão é política, ideológica. A mídia privatista e entreguista sempre defendeu os interesses das multinacionais do petróleo.

Um histórico de traição e entreguismo

Historicamente, ela foi contra a criação da Petrobras no governo Getúlio Vargas e contra a campanha “O petróleo é nosso”. Ela dizia que não existia petróleo no Brasil. Monteiro Lobato foi um dos primeiros a contestar esta visão derrotista. Depois da descoberta das primeiras reservas, a mídia colonizada passou a difundir que o país seria incapaz de extrair e refinar esta riqueza natural.

Mais recentemente, com a descoberta do pré-sal, ela bombardeou a proposta do governo Lula de alterar os contratos no setor – de concessão para partilha. O ex-presidente também deu mais força à Petrobras, que passou a ser a operadora exclusiva nos campos do pré-sal. Estas mudanças irritaram a mídia privatista, defensora da Chevron e das outras multinacionais do setor.

As revelações do WikiLeaks

Também neste ponto, a mídia entreguista e o candidato José Serra tiveram total concordância. Segundo documentos vazados pelo WikiLeaks, o tucano se comprometeu a rever o marco regulatório da exploração do pré-sal. Um telegrama diplomático dos EUA, de dezembro de 2009, confirma a subserviência do presidenciável do PSDB diante das poderosas multinacionais do setor:

“Deixa estes caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patrícia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron. Outros documentos vazados mostram que os EUA se empenharam para evitar a mudança nos contratos do setor e para inviabilizar a Petrobras como “operadora-chefe” do pré-sal.

O silencio diante do grave vazamento no Campo do Frade não é por acaso. Os interesses alienígenas ainda são muito influentes no Brasil, principalmente na sua mídia colonizada e corrompida.
Postado por Miro

Anônimo disse...

Procurem maiores informações, o Juiz caneteou a favor da Mônica de Antonina, anulando a decisão da câmara em reprovar suas contas de 2003.

Anônimo disse...

PERGUNTAR NÃO OFENDE:
Fico intrigado o Ministro está sendo massacrado, esfolado vivo e esquartejado por ter pego uma carona num aviâo fretado por uma ONG. Na mesma linha de racicínio, a equipe de reportagem da GLOBO foi fazer a reportagem sobre o vazamento do poço de petroleo, no aviâo da mesma empresa que por incompetencia e irresponsabilidade, alugou uma plataforma, que sabia ser inadequada para exploração de petróleo em águas profundas e deu no que deu.
PODE? SENHORES DO PIG E DA OPOSIÇÃO, ME EXPLIQUEM POIS ACHO QUE SOU UM IDIOTA.

Luiz Henrique Ribeiro da Fonseca disse...

Vc matou a cobra e mostrou o pau.
O problema do governo Dilma está em enfrentar o PIG como fez a Cristina, na Argentina. Lé tem a Ley de Medios, aqui temos a Lei do Medo.
Depois vou postar um caso entre mim e um jornal de grande circulaçao.
abraço

Anônimo disse...

ANP suspende atuação da Chevron no Brasil,mas artistas da Globo preparam video para tentar salvar a co-irmã
SOFIA FERNANDES

http://f.i.uol.com.br/folha/mercado/images/11325836.jpeg

Atenção Antonina não está imune ao desastre.

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento