"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

AS BESTAS TRIUNFANTES

Inconformado ainda com o assassinato da indiazinha eu recorri aos meus alfarrábios morais para me ajudarem a entender o que leva o “ser humano” a cometer tamanha violência. Mas sei que não vou encontrar soluções, apenas alguns apócrifos, que talvez sirvam como alento de esperança no homem.
O assassinato dessa menina não é um fato isolado, infelizmente, e nem representa uma desesperança na humanidade; ele é sim a anatomia de um crime forjada por essa ideologia totalitária – política, religiosa e social – que inibe as pessoas de pensarem por si próprias e, consequentemente, avaliarem a imoralidade das suas ações.
Alguns podem discordar, mas a base da nossa civilização e todo contexto histórico e cultural das atrocidades humanas passam pelas lides da política e da religião. Não vou aqui fazer com que os leitores se enfastiem com os vilipêndios cometidos em nome de Deus e do Estado e nem dissecar os meandros da mente humana para encontrar a essência da sua bestialidade. Porém, não posso negar que tanto a essência como a miséria são fatores que podem levar a violência, mas ambas são efeitos e não a causa, isto é, são processos secundários da complexidade da mente humana que inibe a moral e a consciência e dá lugar à servidão cega, pois tudo deve ser feito em nome da ideologia.
Se analisarmos a fundo as últimas declarações de Bento 16 sobre ser contra o casamento homossexual e ainda afirmar que tal relação põe em risco o futuro da humanidade, concluiremos que muitos católicos concordarão com o papa, mas é bem possível que não avaliarão a provável imoralidade do discurso e muito menos o significado de direito á cidadania, pela simples razão que a ideologia o faz por eles.
Para quem leu a obra da socióloga Hannah Arent, As Origens do Totalitarismo, e ou Crime e Castigo, de Dostoievski e assistiu ao filme ou leu livro A Laranja Mecânica, concluirá que a coerção ideológica é um fator desencadeante da violência e, agregada à obscuridade da mente humana, podem se tornar um gatilho que disparará o tiro de misericórdia. Todas essas obras mostram que o indivíduo não só perde a condição de olhar as coisas pela perspectiva do outro, como também, pela mesma relação, apresenta muita indisposição em se comprometer com o pensamento moral, em suma: não se colocam no lugar do outro. 
Os assassinos da indiazinha são esse tipo de gente que seguem uma ideologia de forma cega e atuam conforme seus ditames. Aposto que esses assassinos têm família e aparentemente não devem ter no dia-a-dia uma atitude sádica e monstruosa e nem apresentam uma ameaça para a sociedade. Igual a eles foram os seguidores do nazismo, do fascismo e de tantas outras facções políticas e religiosas, responsáveis pela transformação de pacatos cidadãos numa espécie de subproduto ideológico, que os impedia de pensarem por si mesmos e, consequentemente, avaliarem moralmente os seus atos.
É de lamentar e muito a morte da pequena índia, mas também é de lamentar essa nossa sensação de desperdício que carregamos dentro dos nossos corações e mentes e que ainda nos faz crer no futuro da humanidade, mesmo vendo e sabendo que as bestas triunfantes continuarão nos vendendo pela banalidade do mal.

5 comentários:

JUBA disse...

Olha Luiz Henrique, me perdoe sair do tema de seu post. Mas acho que agora os Tucanalhas vão para o inferno, se já não estão.


A LISTA DE FURNAS

http://caixadoistucanodefurnas.blogspot.com/

Se ainda não se mexeram para apurar as denúncias da Privataria Tucana do Amaury, daqui a pouco terão que andar rapidinho para cuidar da Lista de Furnas, também.

Se a Privataria Tucana tirou o Cerra das paradas, a Lista de Furnas tira o Aécio Never.

(Sobre a evolução patrimonial do Aécio, o brindeiro Gurgel também precisa arregaçar as mangas, não é isso, amigo navegante ?)

A Lista de Furnas é um documento central sobre a distribuição de mensalão a tucano.

Não só a tucano.

Ao Roberto Jefferson, do PTB, também, que já confessou ter recebido o dinheiro registrado na Lista de Furnas.

Durante algum tempo, os tucanos conseguiram envolver a Lista de Furnas sob o manto da fraude.

Como se fosse um Dossiê Cayman.

(Que talvez não fique em Cayman …)

A Lista é falsa !, bradavam os tucanos e até mesmo o Farol de Alexandria, na mesma carta-testamento em que acusou o Amaury de cometer uma “infâmia“- clique aqui para ler “FHC foge do Amaury”.

A Lista não é falsa.

Mais do que isso.

Os delegados da Polícia Federal Praxedes e Zamprogna (o do mensalão) concluíram investigação sobre a Lista, atestaram a autenticidade da dita cuja e, com uma relação de insignes indiciados, encaminharam tudo ao Ministério Público Federal.

A bomba está nas mãos da Procuradora Andrea Bayão, do Ministerio Público Federal do Rio, onde fica a sede de Furnas.

Por essas e outras, este ansioso blogueiro insiste: Luciano Huck é o único candidato dos tucanos para 2014 !

Em tempo: este ansioso blogueiro soube que o Farol de Alexandria foi acometido de uma explosão de ódio, depois de ler um bom pedaço do livro do Amaury. Foi uma rara manifestação de incontinência, com expressões mais comuns no cais do porto, e dirigidas a altos dirigentes de finada legenda tucana de São Paulo. Se pudesse ele ficava na França, para fazer companhia ao Chirac.

ALAN RAUZE - Enviado especial dos AdJ em Brasília. disse...

>>>>>AS BESTAD TRIUNFANTES<<<<<<<<<


Calmon cala a boca de Peluso e (Collor de) Melo

Coaf aponta operações atípicas de R$ 855 mi de juízes e servidores

Um relatório do Coaf (órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda) revela que 3.426 magistrados e servidores do Judiciário fizeram movimentações consideradas “atípicas” no valor de R$ 855 milhões entre 2000 e 2010.
O documento ressaltou algumas situações consideradas suspeitas, como o fato de três pessoas, duas delas vinculadas ao Tribunal da Justiça Militar de São Paulo e uma do Tribunal de Justiça da Bahia, terem movimentado R$ 116,5 milhões em um único ano, 2008.
Segundo o relatório, 81,7% das comunicações consideradas atípicas estão concentradas no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (Rio de Janeiro), Tribunal de Justiça da Bahia e o Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.
Sem apontar nomes ou separar entre servidores e juízes, os dados também mostram que ocorreram depósitos, em espécie, no total de R$ 77,1 milhões realizados nas contas dessas pessoas.
O documento de 13 páginas, ao qual a Folha teve acesso, foi encaminhado na tarde desta quinta-feira ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Eliana Calmon. Ela disse ao STF não ter havido quebra de sigilo para se chegar às informações.
“Atipicidade” nas movimentações não significa crime ou irregularidade, mas apenas que aquela operação financeira fugiu aos padrões da norma bancária e do sistema nacional de prevenção à lavagem de dinheiro.
O Coaf apurou uma relação de 216 mil servidores do Poder Judiciário. Deste universo, 5.160 pessoas figuraram em 18.437 comunicações de operações financeiras encaminhadas ao Coaf por diversos setores econômicos, como bancos e cartórios de registro de imóveis.
As comunicações representaram R$ 9,48 bilhões, entre 2000 e novembro de 2010. O Coaf considerou que a maioria deste valor tem explicação plausível, como empréstimos efetuados ou pagos.
Dos R$ 855 milhões considerados “atípicos” pelo Coaf, o ápice ocorreu em 2002, quando “uma pessoa relacionada ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região”, no Rio de Janeiro, movimentou R$ 282,9 milhões.
Em 2010, R$ 34,2 milhões integraram operações consideradas suspeitas.

O RÁBULA disse...

Nas informações prestadas por Eliana Calmon no mandado de segurança impetrado pela AMB, estão provadas documentalmente as “irregularidades” na gestão do dinheiro público nos tribunais brasileiros.

Mas, pelo que se murmura nos porões do Supremo, tais provas serão consideradas nulas pela maioria do plenário, por violação de sigilo bancário e fiscal. Ou seja, a liminar do Marco Aurélio Collor de Mello será referendada.

Vai prevalecer no plenário a velhusca tese dos “frutos colhidos da árvore proibida”, que, em verdade, não se aplica ao caso.

O que houve no caso foi mera transferência de dados administrativos do COAF à Corregedoria, e não o vazamento de tais dados ao público.

Mas, como dizia Rui Barbosa, na República o Supremo é o que erra por último…

ZÉ NINGUÉM disse...

Senhora Juíza Corregedora, Dra. ELIANA CALMON, em vossos ombros a gigantesca tarefa de resgatar a última esperança para um país digno e justo. Sendo o Poder Judiciário o pilar mestre da democracia, saiba que a Senhora encontra-se à frente de milhões de cidadãos brasileiros que esperam e contam com a coragem de V.Exa. para o restabelecimento da dignidade nesse país, tão duramente construida, por milhões de trabalhadores todos os dias. Siga em frente Dra. ELIANA CALMON, o povo te acompanhará.

O que deixa-me indignado é que no total, seja no Judiciário, na polícia...os supostos ladrões do erário não passam de 1% (um por cento), e 99% que são pessoas honestas ficam réfem desses bandidos. 99% e maior 1% por favor limpem as suas respectivas áreas.

Anônimo disse...

já encheu o saco essa estoria de PRIVADARIA TUCANA. tudo quanto é cara da política tem que usar a privada... agora, como usa, chamem o Cequinel pra dizer, que assunto de merda é com Ele.
Bom mesmo é por aqui, terra abençoada, reduto de "partidoalto" impoluídos pela 'marvadeza' que se espalha pelo Brasil afora....
- è verdade ou é mentira???
- "mintira, né"
- então, deixem de hipocrisia, que a fedentina que fede em nossos narizes está aqui e voceis não falam nadica de nada....

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento