"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

UM TODO INTEGRADO


O CAPS de Antonina foi inaugurado meses atrás, mas ainda não está em funcionamento. Embora seja uma saída para o tratamento ao dependente, este tipo de atendimento psicossocial não é a única solução. O problema maior é a sua filosofia que não atende àqueles usuários que vivem em risco social permanente, devido à política da não internação.Esse sistema é fácil de ser corrompido porque o usuário, mesmo que sob atenção psíquica, permanece em contato com a comunidade e, consequentemente, com a droga. Em parte, o Estado se isenta da responsabilidade de tutelar o dependente químico, pois o deixa a mercê das drogas e dos traficantes entre o trajeto do CAPS e à sua casa.
Para que o dependente possa ser reinserido socialmente é preciso que o usuário passe por uma internação intensiva, com o intuito de fortalecer suas questões psíquicas e dar ao interno uma nova maneira de viver. É de fundamental importância que as autoridades entendam que para se obter sucesso contra o crack é preciso dar ao dependente uma condição para que ele reorganize seus princípios, com o intuito de reiniciar seu processo de socialização. A internação (compulsória) para os casos mais graves, a meu ver, precisa ser tratada com mais seriedade pelos agentes de saúde e de segurança pública do município. O que precisamos entender é que há uma relação entre o dependente do crack e o tráfego e seus efeitos violentos. Tirar os usuários compulsivos das ruas é uma medida que implica em dois resultados positivos: primeiro, possibilita que o usuário passe por um processo terapêutico e, segundo, diminua o tráfego e a violência.
Um conselho atuante com funções deliberativas seria o primeiro passo para a internação compulsória dos casos mais graves. Mas antes é preciso que os responsáveis pelas políticas de saúde façam convênios com clínicas e comunidades terapêuticas, através do programa de custeio do Ministério da Saúde.
É importante destacar que o conselho precisa acompanhar o processo terapêutico dos internos para que haja uma ação conjunta no sentido de acompanhar a sequência do tratamento do usuário. Neste caso é aconselhável que o município contasse com o apoio dos Narcóticos Anônimos e/ou dos CAPS, como esteios do processo terapêutico.
Como recentemente presenciamos uma manifestação de dependentes químicos pelas ruas de Antonina, é premente que nos preocupemos com esses jovens, principalmente desmistificar certos conceitos de que o usuário é um criminoso contumaz e que precisa ser alvo dos agentes da segurança pública. Embora eu respeite posições contrárias, principalmente em relação à violência dos usuários contra os cidadãos comuns, não posso deixar de alertá-los que a grande maioria dos casos provém de distúrbios mentais congênitos. Esses casos precisam ser entendidos para que tenhamos uma compreensão maior sobre o problema a fim de evitarmos o preconceito e descaso.
 Uma maneira de entendermos o problema é que o usuário de crack é vítima dos seus distúrbios e não deve ser encarado como um marginal, embora ele atue como tal para saciar seu vício. O usuário, geralmente, apresenta vários desequilíbrios psíquicos que atuam como agentes causadores para o descontrole mental, desencadeados por um vazio existencial, impotência e descontrole mental que fazem das drogas uma espécie de refúgio para a dor.
Um exemplo muito típico é o do rapaz que é dependente de crack e rouba cavalos. Para entendermos o problema é necessário que saibamos que o ser humano é um todo e, no caso, de nada adiante que o rapaz esteja curado da sua dependência se ele continuar a roubar cavalos.  

15 comentários:

Anônimo disse...

É muita vela pra mau defunto. Isso aí não tem solução. Só dá pra ir 'levando' e 'administrando' um problema que a cada dia só aumenta de tamanho

O geito é fazer o mesmo que se faz pra apagar incêndio em poço de petrôleo. Apaga-se o fogo que vem debaixo com outro provocado em cima.
"Isprico"
Um paliativo é LIBERAR A MACONHA que não é mais prejudicial que o cigarro e a manguaça e é tão barato quanto o crack. E.... que barato!!!!!!!!!!
Taí o nosso vizinho URUGUAY que liberou a maconha. Vai 'chover' brasileiro por lá pra curtir um barato sem ir pro xadres......

.............................
Internato de viciado é coisa pra rico. Aki no reino tem clínica pra viciados, lá no SAIVÁ. É coisa de tres mil reais por mês... Vamo nessa, que o Jekiti paga tudo!!!! rsrsrs....

Anônimo disse...

Gente, vamo mandá os coitadinho do crack ir robá lá na casa do Jequiti, qui Ele é bãozinho i dexa sem chamá a poliça... kkkkk!!!!!

Anônimo disse...

O que vai acabar com a atual sociedade, não é a AIDS. São as drogas. É impossível conter o seu avanço.
O que poderia aparecer é um tipo de "vacina" que levasse o corpo a criar regeição à droga.
Mas.... a quem isso realmente interessa?????

Anônimo disse...

Pois é... outro dia comentei aqui que a dona Lourdes do tucunduva teve sua casa assaltada a noite,agora foi o cunhado dela que foi visitado por ladroes,ele tem uma casa no km 4 prox da quadra de fut societe...ironia do destino foi ele quem consertou a porta da dona Lourdes...agora tera que consertar a dele... nao se pode mais sair de casa,se tem cao de guarda eles dao veneno de rato p os bichinhos agonizarem ate a morte... revoltante,

Anônimo disse...

Liga, não pessoal! Os exotéricos estão dizendo que em 21 de dezembro deste ano vai haver o ápice da transição planetária da terra que, no momento, está na terceira dimensão da matéria e vai passar para a quarta dimensão, começando, assim, a era do aquário. Dizem que o campo vibracional da terra vai se intensificar e essa gente de "espírito fraco" (viciados, ladrões, corruptos, etc...) não vão 'aguentar' e... vao se escafeder de morte misteriosa e inexplicável....
(isso aí resolve dois grandes problemas do reino:- OS VICIADOS EM DROGA E OS VICIADOS EM SURRIPIAR O DINHEIRO DO POVO)

Amigos do Jekiti disse...

ao anônimo das 11:38
Eu poderia não aceitar seu comentário, mas resolvi postá-lo para que as pessoas saibam o quanto você é um ignorante.
E não me venha falar que te ofendi porque anônimo não tem identidade.
Se dependesse de você haveria um esquadrão da morte para acabar com a "ralé" que tanto te incomoda,
Vc é o que há de pior numa sociedade e é tão ignorante que não sabe o significado de dualidade. Mas não vou perder meu tempo com você, porque não estou disposto a te ensinar o que é fraternidade, humanidade e cidadania.
Portanto, seu imbecil, vá a merda!

Anônimo disse...

vamos internar os viciados em crack na arena do atletico, e no ct do caju lá é o lugar ideal ,pois nao tem crack...e nunca terá...

carlos disse...

É muito fácil julgar os alcoolatras e os adictos,mas antes de qualquer pré julgamento vão fazer uma visita a uma sala do A.A ou do N.A para poder conhecer as pessoas que conseguem ficar apenas um dia sem usar a sua droga de preferencia!Sempre lembrando que alcool também é droga!!!

O Guardião da Marques do Herval disse...

Fátima Oliveira: A judicialização da doença mental é uma praga; em geral, trata as famílias como bandidas!

por Fátima Oliveira, no Jornal O TEMPO

Médica – fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_

Dia 10 de outubro é Dia Mundial da Saúde Mental, data em que, em 2012, aconteceu a abertura do 30º Congresso Brasileiro de Psiquiatria, cujo tema foi “Psiquiatria, ciência e prática médica”.

Pelo que acompanhei no site da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), foi um momento de avaliação da atenção à saúde mental em nosso país e, sobretudo, um espaço para reafirmar a continuidade da campanha “A sociedade contra o preconceito” e o apoio ao projeto de lei “Psicofobia é um crime”.

De iniciativa do senador Paulo Davim (PV-RN), esse emenda o novo Código Penal, criminalizando a psicofobia, o preconceito contra pessoas com transtorno ou deficiência mental, “punindo com pena de dois a quatro anos de prisão ações motivadas pelo preconceito, como impedir a nomeação em cargo público, demitir de empresa ou vetar acesso a transporte ou estabelecimentos comerciais”.

Sou uma curiosa da psiquiatria, área do saber médico sobre a qual aprendi a gostar de ler por necessidade familiar, com o intuito de saber mais para não peregrinar à toa nas estradas da vida. Todavia, até hoje peregrino. No entanto, tenho estofo intelectual e científico para discutir, divergir e concordar – uma situação privilegiada, em comparação com o mundaréu de gente que tem de conviver, sem lenço e sem documento, com familiares com transtornos mentais e ainda tem de ouvir de juízes que “as famílias não querem cuidar dos seus doidos”, quando busca uma internação necessária. Afirmo, a judicialização da doença mental é uma praga que, em geral, trata as famílias como bandidas!

Com a palavra, quem entende do assunto por dever de ofício: “Duas em cada dez pessoas em todo o mundo têm ou já tiveram algum transtorno mental. No Brasil, não é diferente. Apesar disso, não há no país políticas públicas satisfatórias em saúde mental (…).

Segundo dados do Ministério da Saúde, 3% dos brasileiros sofrem com transtornos mentais severos e persistentes, e mais de 6% da população tem transtornos psiquiátricos graves decorrentes do uso de álcool e drogas: 12% da população necessita de algum atendimento em saúde mental. O problema é que o sistema de atendimento ao doente mental não atende às expectativas dos especialistas e às necessidades dos pacientes.

A Política Nacional de Saúde Mental foi instituída com o objetivo de consolidar um modelo que garantisse o convívio do doente com a família e a comunidade. As diretrizes procuraram evitar as internações em hospitais psiquiátricos. Com isso, unidades foram fechadas, equipes desestruturadas e leitos desativados. Entre 2002 e 2011, quase 20 mil leitos psiquiátricos foram extintos no SUS. Um dos instrumentos utilizados para promover a reforma foram os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), até hoje insuficientes e sem estrutura física e/ou equipes profissionais de atendimento.

Ao fim de 2011, o Brasil possuía 1.742 Caps. Segundo o Ministério da Saúde, essa quantidade atende 72% da população, mas o que vemos na realidade é bem diferente.

Os números trazem outros agravantes. Apenas cinco unidades do total de Caps em funcionamento, em todo o país, estão abertas 24 horas, sete dias por semana, para receber pessoas que fazem uso de álcool e drogas; é precário o tratamento do doente mental na rede de atenção básica à saúde, e poucos são os hospitais que oferecem atendimento ambulatorial” (ABP, 9 de outubro de 2012).

Com a palavra, o ministro da Saúde, que precisa dar uma resposta à altura do caos.

Anônimo disse...

Pois é seu Jekiti a 'dualidade' se presta só pros teus. Aceite o comentário acima (19/10 - 11.38) como fruto da dualidade... A dualidade da merda é a diarréia....

Amigos do Jekiti disse...

Eu já disse aqui que os CAPS estão corrompidos.
Ao anônimo 20:50:
Não há dualidade entre merda e diarreia, meu caro. Vc não quer que eu te ensine, quer?

Anônimo disse...

Jekiti, v. está num beco sem saída.
Se a dualidade é um fato, pra que lutar contra ela e suas consequências?
Aceite os políticos corruptos, aceite que a prefeitura seja um 'palácio de atrocidades' contra o povo, e aceite também os drogados como fato consumado. Pra que tratamento, se a dualidade exige a presença deles?
..........................
(ah, e outra: Voce anda com muita saudade do Cekinel que anda meio sumido. É por isso que v. tá dando plantão no lugar dele pra tratar e tanto falar de merda.....)

Anônimo disse...

Escrevi em colona errada. Então, lá vai o repeteco.

Pois é, 'seu' Jekiti. Há dualidades e dualidades, uma diferente da outra.....

Na construção, há dualidades entre idéias diferentes. Essa, é, por exemplo, a dualidade entre adversários políticos. O suposto é que ambos queiram o bem-estar de sua terra, de seu povo.

Na destruição, não há convivência com a dualidade:- Ou se aceita o positivo como escopo final, ou se 'baixa a guarda' e se aceita o império do mundo negativo.
Todo esforço para reparar, ajudar e preservar as pessoas, tem por convicção subjacente que, um dia, o MAL SERÁ CEIFADO DESTE MUNDO....
Eu, e todos os que tem FÉ, acreditamos na vitória final do mundo positivo, do bem e da virtude.... (ou, em linguagem abominável para os ateus:- é a vitória do plano de Deus) - Justamente por isso, que admiro o teu esforço quase "QUIXOTESCO" em ajudar os viciados e outros tipos de "descaídos", excetuados os políticos corruptos que devem ser combatidos sem misericórdia.... (que pena que a democracia não admite o paredòn pra estes últimos ....)

22 de outubro de 2012 23:00

Amigos do Jekiti disse...

Meu caro, você está equivocado.
1 - Não há dualidade entre as ideias, o que há são antagonismo, ou seja: você quer o bem de uma jeito e eu quero o mesmo bem de outro. Pergunto: isso é dualidade ou antagonismo?
2 - Quando você destrói, não há dualidade e sim um niilismo, ou seja: você desconstrói para construir um novo modelo.
3 - Quanto ao mal ser ceifado da terra é pior ainda, pq ai sim que não haverá dualidade, pela simples razão se só existir o bem que tipo de parâmetro a humanidade vai ter, se o mal e o bem são em-si um para o outro?
4 - O positivo tem a mesma relação com o que escrevi no item acima, portanto o mal nunca vai vencer o bem e vice-versa, porque um está para o outro e, no caso, é uma dicotomia.
Como vc deve ser uma pessoa que um crença religiosa, deduzo que a questão em si se resume a uma dicotomia, ou seja: do lado do bem está você e a sua crença e do outro estão os maus; os ateus ou os que acreditam em outra religião.
Mas não pára por aí, pois ainda existe a dialética da dicotomia. Mas em outra hora, por favor!

Anônimo disse...

A tropa de rastreamento de Gustavo Fruet estranhou a acusação de Ratinho Junior martelada no debate de ontem da RIC segunda a qual o candidato do PDT “não teria interesse em mudar o sistema de transporte curitibano para não mexer com os interesses de poderosos empresários do setor que o apoiariam”. Hoje cedo descobriram que Dante Luiz Franceschi, dono da Auto Viação Nossa Senhora do Carmo, uma das gigantes de Curitiba, é sócio do apresentador Carlos Roberto Massa, pai de Ratinho Jr. e está tocando um megaprojeto para explorar 150 mil hectares de florestas no Acre de maneira sustentável, segundo informa o site RD Notícias. Isso é campanha!
http://www.rdnoticias.com.br/portal/index.php?Itemid=12&catid=22:meio-ambiente&id=9310:grupo-do-ratinho-se-prepara-para-explorar-floresta-no-acre&option=com_content&view=article

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento