A sociedade antoninense é conservadora, sem sombra de
dúvida. Esse conservadorismo provém das nossas raízes históricas: de uma elite
acostumada a usufruir das benesses do poder central do Estado, de um povo
rigidamente doutrinado pelo discurso do púlpito e de uma classe trabalhadora
que se sujeitou ao peleguismo fisiológico de alguns líderes sindicais.
Se hoje podemos dizer que na prática isso é coisa do passado - porque nossas elites afundaram com o fim do Matarazzo e a situação do Porto Barão de Tefé é agonizante -, não devemos desmerecê-la, porque a nossa consciência política e social ainda é de um povo colonizado.
Um exemplo bem recente é a passeata contra a PEC 37, como se os problemas antoninenses dependessem da sua aprovação ou não. Não quero dizer com isso que eu seja contra a qualquer movimento reivindicatória vindo das ruas, mas não aproveitar a oportunidade para exigir dos políticos melhorias para o município é, no mínimo, uma prova de alienação e subserviência.
A oportunidade perdida pelo movimento contra a PEC 37 talvez seja fruto desse contexto histórico e reflete o quanto o antoninense ainda vive sob o ranço do passado, quando a elite era dona do seu saber e destino. A prova disso foi a catarse provocada pelo agradecimento do poder judiciário local aos que apoiaram a derrubada do projeto, talvez pela devida falta de senso crítico de enxergarem que ao Ministério Público cabe a fiscalização da lei, abertura de denúncia e não a investigação.
A derrubada da PEC 37 criou um super poder, ao qual lhe caberá, inclusive, a investigação, convenientemente contribuindo ainda mais para que bandidos usufruam da morosidade da justiça e os vendedores de sentenças, sejam protegidos pelo forte corporativismo de classe.
Naturalmente há outros aspectos que podem ser levantados e questionados, como no caso de segredo de justiça, que poderá condenar ou inocentar conforme as prerrogativas pessoais e políticas dos que comandam a instituição judiciária.
Mas os que participaram da passeata não têm noção das conseqüencias, porque se acostumaram a olhar para o poder com subserviência, apreço e resignação. O delírio da consciência do coletivo só entra em ação quando os levam a crer que a política é nefasta, que todo político é ladrão e que estão mergulhados num mar de lama, simplesmente porque foram adestrados pelas virtudes da Deusa Cega.
Se hoje podemos dizer que na prática isso é coisa do passado - porque nossas elites afundaram com o fim do Matarazzo e a situação do Porto Barão de Tefé é agonizante -, não devemos desmerecê-la, porque a nossa consciência política e social ainda é de um povo colonizado.
Um exemplo bem recente é a passeata contra a PEC 37, como se os problemas antoninenses dependessem da sua aprovação ou não. Não quero dizer com isso que eu seja contra a qualquer movimento reivindicatória vindo das ruas, mas não aproveitar a oportunidade para exigir dos políticos melhorias para o município é, no mínimo, uma prova de alienação e subserviência.
A oportunidade perdida pelo movimento contra a PEC 37 talvez seja fruto desse contexto histórico e reflete o quanto o antoninense ainda vive sob o ranço do passado, quando a elite era dona do seu saber e destino. A prova disso foi a catarse provocada pelo agradecimento do poder judiciário local aos que apoiaram a derrubada do projeto, talvez pela devida falta de senso crítico de enxergarem que ao Ministério Público cabe a fiscalização da lei, abertura de denúncia e não a investigação.
A derrubada da PEC 37 criou um super poder, ao qual lhe caberá, inclusive, a investigação, convenientemente contribuindo ainda mais para que bandidos usufruam da morosidade da justiça e os vendedores de sentenças, sejam protegidos pelo forte corporativismo de classe.
Naturalmente há outros aspectos que podem ser levantados e questionados, como no caso de segredo de justiça, que poderá condenar ou inocentar conforme as prerrogativas pessoais e políticas dos que comandam a instituição judiciária.
Mas os que participaram da passeata não têm noção das conseqüencias, porque se acostumaram a olhar para o poder com subserviência, apreço e resignação. O delírio da consciência do coletivo só entra em ação quando os levam a crer que a política é nefasta, que todo político é ladrão e que estão mergulhados num mar de lama, simplesmente porque foram adestrados pelas virtudes da Deusa Cega.
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