"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O PODER TEMPORAL

Depois do Jekiti Cultural fui com a minha esposa e um casal de amigos no Buganvil. Lá, soube que a proprietária do restaurante perdeu na justiça o direito de continuar com seu estabelecimento no mesmo endereço, devido ação impetrada pela Mitra Diocesana de Paranaguá para reaver o imóvel.
Não vou desconsiderar o direito da instituição religiosa em querer o imóvel de volta e nem questionar os fins doutrinários para o local. Apenas quero opinar que tal decisão, embora legal, é antissocial, por não considerar os prováveis prejuízos aos proprietários e empregados do estabelecimento.
Parece-me o que está em jogo, por parte da Igreja, é a plenitude do seu poder, como ocorrera nos tempos da idade das trevas, quando tinha o monopólio das “verdades inquestionáveis” e as usava para influenciar nas decisões que melhor lhe conviesse.
Embora vivamos em pleno século XXI, o ranço dos tribunais do santo ofício ainda está no subconsciente da instituição, por não se sensibilizar com as tentativas de negociação e apelos da proprietária para continuar com seu empreendimento no local. Essa postura intransigente só vem provar que a igreja trabalha para si, quando deveria se dedicar à causas sociais e abandonar suas intenções materialistas, como se ainda fosse um Estado secular.
Como sou do tipo de pessoa que acredita que se a lei não traz o bem estar e a felicidade às pessoas, ela não serve como princípio moral; e se favorece a acumulação de bens e o direito à propriedade, deve ser questionada a sua precariedade, principalmente pelo casuísmo com que a igreja construiu seu patrimônio.
Naturalmente a questão maior está na posição privilegiada da igreja que a ajuda a impor-se perante a sociedade, cuja soberania é imposta sobre aqueles que ainda a enxergam como uma entidade de poder indivisível e ilimitado. Digo isso porque é fato que as pessoas são levadas a acatar e obedecer, sem questionamentos, as ordens impostas pela igreja e isso tem tudo a ver com a desigualdade social e cultural de uma sociedade que ainda vive sob égide do medo e da culpa.
Tudo isso que foi colocado não vai alterar, a priori, a decisão judicial, mas serviu para eu exercer o pleno direito de opinião contra a postura arrogante da Mitra e me solidarizar com a proprietária do restaurante e seus empregados, que mais uma vez foram subjugados pelo poder temporal da igreja.

10 comentários:

Anônimo disse...

pois é ... fiquei curioso neste caso a coisa foi parar na justiça,tem como apelar recorrer,e os gastos com o processo? o dono do rest. vai ter que pagar ? se tinha contrato registrado de locação com data de venc. e tudo nos conformes da lei ,foi ingenuidade brigar com a igreja...eu tenho imovel alugado a muitos anos e ja passei por isso...

Amigos do Jekiti disse...

Se foi ingenuidade brigar com a igreja, então o texto tem razão...

Anônimo disse...

VERGONHA.

Anônimo disse...

tenho um parente que tem um rest. na av kennedi em ctba,ele fez um contrato de 5 anos (renovaveis )conforme acordo com o proprietario do imovel, tudo reg. em cartorio ,na minha opiniao a igreja nao deveria ter alugado o imovel p o buganvil,nao deveria ter receita vinda de alugueis e sim de outras fontes,o espaço deveria ser aproveitado p fins culturais,escola,cursos,etc sem fins lucrativos...

Anônimo disse...

é isso que da fazer dos bens da igreja um negócio se tive se usado aquele local para o bem dos catolicos nada disso teria acontecido , agora só falta o outro imovel ou são dois pesos e duas medidas?

Anônimo disse...

levanta sacode a poeira e da a volta por cima... ( letra de samba ) quem tem talento e coragem p trabalhar nao precisa pedir nada p igreja nenhuma,veja a historia do restaurante Madalosso...

Anônimo disse...

Lamentável!
A Igreja deveria ser a primeira a ajudar no progresso da cidade. Será que não percebem que este tipo de birra do padreco só prejudica Antonina?

Já passou da hora desse padre ir embora. O prazo de validade dele já acabou faz tempo.

Anônimo disse...

Olha, acredito que desta vez Antonina vai deslanchar. Onde a igreja se apega é sinal de progresso ( SIC ).
Ou será que o local esta reservado para outros fins nestes fins de tempos conforme o apocalipse?

Anônimo disse...

fiquei sabendo que o salão paroquial foi alugado para uma academia de lutas, os imóveis da igreja deveria ser utilizados para promover a paz, não acham? ou por dinheiro vale tudo.

Anônimo disse...

Essa é melhor:
Um padre-cantor curte mesmo é luxo. Ele tem fama de seduzir madames endinheiradas incentivado por presentes, que vão desde viagens internacionais a empréstimos de mansões e funcionários.

Fomos informados que ele, que só usa roupa de grife, seduz com o olhar, segura na mão, no ombro, passa a mão nos cabelos, beija o rosto, mas não transa.

De fato não há relatos sobre sexo. Alimentar esperanças, talvez, renda mais benefícios do que consumar o ato. Amém!

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Esses dias, o tal padre chegou a ficar sozinho durante uma semana na mansão de praia na Bahia de um mega empresário.

De SP, a madame-beata-de-luxo mandou toda a equipe de funcionários para antendê-lo. Por telefone, se falavam todo dia.

Corre à boca miúda que o padre famoso acordava o cozinheiro pedindo pratos às 3h da manhã. Já disse "sim", inclusive, para viagens internacionais, com tudo pago. Uma benção!

Ele também já ficou em mansões de outras "amigas ricas" nas mais belas praias do Nordeste e do Rio de Janeiro. O paraíso também é aqui!

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento