"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



sexta-feira, 30 de julho de 2010

POR UM TURISMO SUSTENTÁVEL PARA ANTONINA

Por Luiz Henrique Ribeiro da Fonseca



Em primeiro lugar é bom informar que o turismo sustentável não está diretamente ligado ao turismo ecológico e as receitas dele proveniente. Este modalidade de turismo é ampla e atinge todas as formas de manifestação artistica e cultural e através delas criar um mecanismo de sustentabilidade para que a comunidade possa se auto sustentar cultural e financeiramente.
Não há como negar que a sustentabilidade de uma cidade, no caso a de Antonina, passa pelo turismo, e para tanto é preciso que olhemos em primeiro lugar para as nossas potencialidades culturais e delas tirar as condições necessárias para que possamos, não só obter mais receita para o município, como possibilitar que a comunidade cultural possa gerir seus próprios recursos.
Antonina tem um povo criativo, capaz de realizar grandes eventos com poucas condições financeiras e de logística, como no caso do carnaval. Mas esta festa tornou-se há muitos anos uma clonagem de carnavais importados do Rio de Janeiro e da Bahia, sendo esta por meio de bailes de rua com trios elétricos e aquele com desfile das escolas de samba. Esta característica cultural, de certa maneira, baniu das festividades antoninenses o folclore nativo, como o fandango, inibindo sua manifestação a ponto de praticamente excluí-lo de nossa cultura.
É óbvio que não renego o carnaval nesses moldes, apesar de achá-lo pouco rentável, pois o turista pouco contribui financeiramente para essa festividade, por que não há um espaço adequado e confortável para se assistir aos desfiles e nem uma infra-estruta que lhes permitam usufruir, todos os dias, do carnaval em Antonina.
Nossa cultura é variável e forte e tem como características uma multiplicidade de significados, como crenças religiosas, valores musicais e produção de insumos artesanais, bem como uma bela natureza para explorar, com responsabilidade, o turismo ecológico. Todas essas manifestações permitem a promoção da cultura de nosso povo e, para tanto, os papeis de cada segmento devem estar definidos para que potencializem ações, como por exemplo criar um espaço cultural, no qual a comunidade irá se expressar e adquirir sua sustentabilidade financeira e cultural.

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O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento