"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



quinta-feira, 29 de julho de 2010

POR UMA ANTONINA MAIS LIMPA (DAS DROGAS)

O perfil do usuário de drogas modificou-se de forma assustadora a partir dos anos 80 com o surgimento de uma casta de executivos, chamados Yuppies - jovens executivos que surgiram por conta da ideologia neoliberal -, que, em nome de uma modernidade, faziam festas regadas a bebida e uma diversidade de drogas lícitas e ilícitas. Antigamente apenas a juventude rebelde utilizava a droga – principalmente o LSD – como uma forma de se rebelar contra o Status Quo, ao passo que o pessoal da contra cultura a utilizava como forma de interiorização, expressão de sua verdadeira identidade cultural e psíquica.
Com o advento do crack ocorreu uma espécie de socialização das drogas, pois este subproduto da cocaína, era bem mais acessível que as outras drogas tradicionais, fato este que acarretou sua proliferação nas camadas sociais mais baixas.
Atualmente os jovens dessas comunidades, sem trabalho - e conseqüentemente sem renda -, passam a cometer pequenos furtos para conseguir o dinheiro para "alimentar" seus vícios. Naturalmente estes delitos desencadeiam uma série de crimes, sendo que 80% das ocorrências de homicídios, furtos e roubos são provenientes do crack.
Antonina está inserida neste contexto e pelo que sei, nossa cidade não tem uma estrutura apropriedade para previnir e nem tratar os dependentes. A desaparelhamento da polícia, no sentido de atuar como instrumento repressivo e a falta de uma política pública e social para o dependente, cria condições para o aumento da criminalidade.
É visível que o jovem anda em grupo, forma tribos e tem como arquétipo algum grupo com o qual ele se identifica, através da mídia. Paradoxalmente sente-se excluído socialmente e, como forma de sobrevivência, busca uma identidade, alinhando-se em grupos, como se fosse uma espécie de inclusão social às avessas. A socialização das drogas, a violência doméstica e a falta de perspectiva do jovem são as bases da desagregação social e cabe ao administrador, à sociedade organizada, implementar uma política pública, com o apoio dos escalões do Governo Estadual e Federal, não só destinado ao jovem, como também à instituição familiar, pois a perspectiva de vida da juventude também passa pela perspectiva dos pais. Por fim, a questão do tráfego e da dependência química está diretamente ligada às instituições (família e Estado) e para tanto a família e o jovem devem ser inseridos no contexto social, tendo como base a educação, o esporte e o lazer, bem como cursos profissionalizantes que os direciones ao mercado de trabalho, através da parceria pública/privada.
Este blog está a disposição para que se torne um canal de divugação para àqueles que desejarem opiniar e propagar suas ideias e programas, pois acredito que através de uma rede colegiada, na qual profissionais da educação, coletividade, magistratura, sociedade organizada e principalmente o poder público, possamos encontrar meios para banir a epidemia das drogas de nossa cidade.

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O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento