Cuba viveu 400 anos sob o domínio espanhol, período em que muitos cubanos foram mortos durante a luta por sua liberdade. Só no século XIX, com a ajuda do governo americano, é que Cuba foi libertada do domínio espanhol, passando a depender exclusivamente dos interesses americanos. Cuba foi governada por muitos anos por uma junta militar americana e nos anos 30, foi dada ao ditador Fugêncio Batista, que rezava na cartilha americana.
Em 1959, com a vitória dos revolucionários, Fidel ascendeu ao poder, instituiu o socialismo e implantou o uni partidarismo com o Partido Comunista Cubano. Em 1962, com o bloqueio econômico liderado pelos Estados Unidos, Cuba viveu praticamente da dependência soviética. Em 1989, com o fim do socialismo, representada pela queda do Muro de Berlim, Cuba entrou em grande crise e por conta do bloqueio econômico americano quase ruiu. Fidel foi obrigado a abrir um pouco sua economia, com o intuito de trazer divisas ao país e, mesmo sofrendo um grande golpe com a crise econômica, nunca deixou de atender a população em seus direitos básicos, como no caso da saúde e da educação pública gratuita e de qualidade.
Os problemas dos direitos humanos em Cuba devem ser revistos, embora não nos esqueçamos que seu povo ainda desfruta de uma excelente política pública. O regime cubano não é pior que muitos governos ditos democráticos e muito menos semelhantes aos de ditaduras como no Egito e na Tunísia, ambas apoiadas pelos Estados Unidos. Se formos mais a fundo, encontraremos em regimes democráticos políticas militaristas, intervencionistas, como no caso da americana, a qual financiou e protegeu muitas ditaduras pelo mundo. Para refrescar a memória de alguns, cito a ajuda americana nos golpes no Brasil e Argentina, na guerra da Coréia, Vietnã e a invasão do Iraque, onde muitos resistentes e inocentes foram mortos.
Portanto, meus caros, Cuba precisa ser entendida e respeitada por nós brasileiros, principalmente porque acolheu nossos exilados, porque ainda presa a igualdade econômica e social para todos e tenta viabilizar, pela linha diplomática, uma maneira de se inserir na política econômica mundial, apesar do bloqueio americano.
4 comentários:
Tecendo a Manhã
João Cabral de Melo Neto
"Um galo sozinho não tece a manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro: de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzam
os fios de sol de seus gritos de galo
para que a manhã, desde uma tela tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão".
O Cardeal J. Ratzinger controla este blog?
Luiz Henrique Boff está submetido ao silêncio obsequioso?
Pois é, estamos todos preocupados. O silêncio de Luiz é ensurdecedor.
Será que mamãe o enquadrou finalmente?
Onde andará Stephen Fry?
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