Como sempre faço, repito algumas postagens antigas para que os novos membros conheçam o blog, bem como os mais antigos possam relembrar o que já fora publicado. A postagem de hoje relembra Wilson Rio Apa e seu sonho alternativo.
Conta Thomas More em seu livro Utopia que a propriedade privada nada mais é que a essência dos males dos homens. Assim também pensou Rosseau, em seu “Discurso Sobre a Origem da Desigualdade”, no qual o escritor defende o retorno à civilização de estado natural, sob novas formas.
Pouco sei de Wilson Rio Apa, exceto pelos relatos daqueles que conviveram com ele e o ajudaram em sua utopia de encontrar no homem o seu senso ético, sempre em comunhão com a natureza.
O fato marcante para mim foi no carnaval de 1975, quando vi na avenida uma enorme caravela repleta de marujos portugueses e ele, em destaque, representando Pedro Álvares Cabral. Outra lembrança foi uma peça de teatro de sua autoria, representada no auditório do prédio da Estiva, onde presenciei uma verdadeira catarse, como se os presentes estivessem assistindo uma tragédia grega de Sófocles. Muitos anos depois descobri que a peça se chamava O Homem Solitário e que fora montada pela primeira vez em 1968, quando eu tinha apenas 10 anos de idade.
Como não tive nenhum contato com ele, tenho pouco a dizer, mas, mesmo distante, sempre soube da sua importância cultural e da sua busca por um admirável mundo novo.
17 comentários:
Grande Luiz, sempre lembrando os tempos bons de Antonina, do Rio Apa lembro bem a Paixão de Cristo segundo todos os Homens, que era feita em Alexandra, usando de elenco a população daquele vilarejo e esse pessoal da foto e mais alguns.
Wison Rio Apa, uma personalidade impar. Formado em Direito, segundo se falava. Logo após a formatura entregou o diploma para seu pai, e foi viver a vida como gostava. Encontrou uma companheira que aprovava e o acompanhava em seu estílo de vida. Gostava muito de escrever, das Artes e do mar, tinha sua baleeira no Clube Náutico e se lançava ao mar durante semanas. Me lembro uma vez que ele veio às pressas do Superagui. Como gostava de dormir ao ar livre, foi mordido por um morcego, durante o sono. Tomou soro e felizmente o bicho não estava com o virus da raiva. Conta-se que certa vez ficou meses morando com sua mulher na ilha das Palmas
( fica ao lado da Ilha do Mel ). Incentivou muito os artistas ( principalmente os pintores ) de Antonina.
A última vez que soube dele, este santista que amava de Antonina, estava morando na Lagoa da Conceição em Floripa.
Antonina deveria preservar mais a memória de seus personagens.
Prezado Luiz Henrique, um assunto interessante ( como sugestão ) para tratar no seu blog, sobre a história de Antonina.
Do outro lado da Baia de Antonina, fica a localidade chamada Cedro. Hoje já existe estrada, mas antigamente o acesso era pelo rio faisqueira. Os antigos contavam que existia umas ruinas chamada de Capelinha. Acredito que era localidade onde se instalarão os garimpeiros no século XVII. Eu mesmo, quando exp[lorava as ilhas da baia, nos finais de semana, encontrei certa vez umas ruinas em uma ilha, bem ba frete da foz do rio faisqueira.
Este fato deveria ser objeto de pesquisa arqueológica, visando reconstituir a história de Antonina.
Quanta diferença entre a busca por um admirável mundo novo e a triste realidade que se vê em Antonina.
Antonina com seu povo ignorante, mediocre, preguiçoso e prepotente não combina, em nada, com a referida utopia nem com o sonho de ninguém.
Parabéns pelo blogue e pela coragem de expor seus pensamentos e ideias.
Nota-se que você é um homem moderno, sensível e coerente.
Não perca seu tempo com Antonina. O povo não tem capacidade de entender.
Deixe-os morrer na beira da feira-mar, como merecem.
Alice
essa gente acima do povo.... ora, ora..
Alice,
Não vou fazer demagogia com o povo.
Mas não concordo com a generalização. Antonina tem pessoas que se preocupam com questões sociais, políticas desenvolvimentistas, tanto que nem todos que entram aqui no blog são contra os meus posicionamentos.
Mas, analisando as entrelinhas, eu entendo sua preocupação e concordo com ela. O problema está nas lideranças que olham para Antonina e desprezam seus anseios e sua vocação.
Antonina perdeu o rumo da história com a decadência do porto e o fim do matarazzo. Com a crise do desemprego, da falta de oportunidade, políticos e religiosos oportunistas aproveitaram essa fragilidade e construiram muros e se intitularam os donos do saber do povo. Este, sem saída, elegeu seus messias, os quais, por conveniência, tutelou o povo, dando-lhes pequenas migalhas, através das quais se chegaria à terra prometida.
A utopia de Wilson é a minha, embora de modelo diferente. A minha é uma Antonina sem muros.
grato pela participação e carinho
Alguém falou: " O povo que não conhece a sua história corre o risco de repeti-la". Acredito que tem tudo haver com Antonina.
o reino precisaria viver uma só utopia "... reencontrar políticos sérios e honestos, como teve exemplos no passado"
o dinheiro é pouco, mas se fosse bem empregado a história seria muito outra.
alem do mais, uma parte das infelicidades do reino não está na falta de dinheiro e sim no despreparo e ignorância administrativa de políticos eleitos, mas dominados pelo oportunismo e pela negligência em face dos interesses públicos.
Engana-se, meu caro anônimo, o dinheiro não é pouco não! Dinheiro tem. O Governo Federal repassa de acordo com os porjetos dos municipios.
Como Antonina não tem projeto, não tem dinheiro. E o que tem, gasta sabe-se-lá com o quê.
Quem tem dinheiro mesmo é a igreja, o padre e seus dizimistas. O padre é oportunista e como a prefeitura não faz nada ele pegou fácil o domínio da situação.
Cada povo tem o prefeito e o padre que merece.
Geraldo
Geraldo, não misture alhos com bugalhos. O que poderia fazer a diferença de verdade é outro tipo de gente na prefeitura: que olhasse com respeito aquilo que pertence ao povo.
essas histórias sempre acabam em misogamia, com mixagem sexual. tá aí a turma de pelados que não me deixa mentir.
Lembro de um samba-enredo, acho que era da Capela de anós atrás, o nome era ANTONINA - A TERRA DO JÁ ERA
Enredo profético!
"JÁ ERA" MESMO!
só sobrou a ignorância, prepotência e arrogância do povo antoninense!
Extraído do Wikipédia:
Hoje a cidade de Antonina é uma das cidade mais pobres do Paraná devido a adminstração geral de seus governantes.
Outra razão que explica nossa pobreza é a existência de milhares anônimos de bosta.
Anônimos que, sendo bostas, flutuam não apenas em nossa emporcalhada baia, mas também neste blog. E fedem, como fedem.
Voce não tem outra coisa na cabeça. qdo. fala, peida.
As pessoas digitam no computador aquilo de que sua cabeça está cheia.
Como dizia Caco Velho.
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