Estava eu aqui pensando no
programa “Mais Médicos” do governo federal e a sua aplicabilidade em Antonina.
Confesso que não tenho a mínima ideia se a administração atual tentou se
inserir no projeto ou se por alguma razão legal ou administrativa não obteve
sucesso. Só sei que há muitos anos existe um consenso na população antoninense que
o seu sistema de saúde não atende, de um modo geral, as necessidades do seu
cidadão.
No meu ponto de vista não é
falta de dotação orçamentária, nem de pessoal técnico e sim de um problema
recorrente nas administrações municipais, cuja característica principal é a
deficiente gestão pública que tem origem na ingerência política.
É bem comum nas novas
administrações levar em conta o corporativismo político para ocupar funções
estratégicas da gestão e para que a máquina da saúde não emperre são alocados,
em cargos menores, pessoal de carreira sem amplo poder de decisão. Com isso a
eficiência do sistema dependerá exclusivamente de pessoas que estão muito mais ligadas
aos seus interesses pessoais e políticos que no desenvolvimento da saúde como
um todo.
Como eu sei que a regra republicana
é essa, de nada adianta querer mudá-la, mas é bem possível evitar o
sucateamento do sistema de saúde através da boa política, desde que os agentes
envolvidos saibam reivindicar programas patrocinados pelo Ministério da Saúde.
Se por um lado o sucateamento
do sistema de saúde pode ser evitado, através desses programas, por outro a
gestão de profissionais da área pode ser outro entrave. Não falo apenas de médicos, mas de uma política que eleve o nível técnico do pessoal e
visões mais humanitárias por parte do corpo clínico e administrativo.
Mas a questão dramática está justamente no
modelo atual e na maneira pela qual a medicina é exercida. Sou do tempo em que
a prática médica era exercida não por especialistas e sim por clínicos gerais
de grande riqueza prática e humanitária. Esses médicos atendiam e resolviam os
problemas das doenças mais frequentes e faziam partos, curavam fraturas,
qualquer tipo de infecções e ainda situações de urgência e emergência. Esses
clínicos gerais eram chamados de médicos de família e tinham uma relação quase
de amizade com seus pacientes. O fator de morarem em Antonina ajudava na
prevenção de doenças e na promoção de saúde, além de não onerarem os cofres
do município com grandes investimentos.
Justamente é esse legado que o programa "Mais Médicos" quer resgatar, agregando a ele infraestrutura adequada e investimentos estruturais, muito comum em cidades que seguem os ditames do Conselho Mundial de Saúde.
Justamente é esse legado que o programa "Mais Médicos" quer resgatar, agregando a ele infraestrutura adequada e investimentos estruturais, muito comum em cidades que seguem os ditames do Conselho Mundial de Saúde.
Não sei exatamente como é o sistema de saúde
municipal, mas pelo que sinto o atendimento médico é terceirizado, através de
contrato de licitação com uma empresa privada. Como o plantão é feito por
médicos que não moram na cidade, isso provoca um distanciamento com o paciente
e falta de comprometimento com as questões clínicas e de investimentos.
Com o “Mais Médicos”, além das
questões preventivas, os profissionais seriam avaliados pelas universidades e ainda
poderiam propor investimentos em estudos, treinamentos, junto ao Ministério da
Educação, bem como propor à administração local investimentos e infraestrutura junto
ao Ministério da Saúde.
Portanto, meios e recursos existem,
como foi colocado, mas para obtê-los é preciso que se combata o corporativismo
médico, evite a má gestão e o fisiologismo político, com ênfase na saúde básica,
na solidariedade e princípios humanistas.
8 comentários:
pois é ... assisti na tv uma medica contratada de cuba dizendo que nao haverá problemas de adaptação no brasil p q os problemas de saude sao as mesmas de cuba ,diabetes ,pressao alta,obesidade...ela receberá um salario de 4 mil reais,isso mesmo 4 mil reais,aqui os medicos brasileiros nao querem trabalhar no sus e muito menos em cidades do interior e receber um salario de ate 1.200 reais por um plantao de 12 horas ...pois é ...
O Aécio esta propondo substituir o MAIS MÉDICOS pelo MAIS CEMITÉRIOS.
Por que pobre precisa de médico, vai morrer de qualquer jeito.
Crítico blogueiro...vc vai pegar um briga com Chiquinho e, poderá não ser atendido devidamente no Jekiti.
pois é ... quem tem fabrica de caixão e funerária deve estar muito bem financeiramente p q o que nao falta neste brasil sao clientes...so o transito brasileiro mata 45 mil por ano,mais mortes violentas por homicidios, etc...quem sao os maiores empresarios neste setor? nunca saiu na midia p q ? dá mais que jogatina e trafico de drogas e armas...
A reaçada vai ter que aumentar a dosagem dos calmantes. Esta semana chegam mais 2 mil cubanos, para segunda etapa do Mais Médicos.
Confiram a reportagem na íntegra, via Agência Brasil: http://bit.ly/1eUUJmk
pois é... eu sei p q esta faltando tantos medicos no brasil... um pedreiro ganha mais que 4 mil por mes,aqui em casa ele colocou porcelanato em 50 m2 em 2 dois dias,e cobrou R$ 1.375,00 ,25 reais o M2... um advogado na pref de antonina vai receber 2.309.00 por mes...
Então é por isso que não se encontra pedreiros/eletricistas/jardineiros/encanadores/diaristas/pintores...em Antonina, principalmente em fins de semana e quando encontra é bandeira 2.
DO QUE OS COXINHAS FORMADOS NO BRASIL TEM MEDO?
Um programa da província canadense de Quebec similar ao Mais Médicos do governo federal recebeu inscrição de 58 médicos formados no Brasil desde sua criação, em novembro de 2003. Desses, 12 (20,6%) foram selecionados, de acordo com dados do Ministério da Saúde e dos Serviços Sociais do Quebec.
Com uma área de 7,7 mil km² e 7,7 milhões de habitantes, a província do Quebec também possui um déficit de profissionais na área da saúde, sobretudo para atuar em áreas mais isoladas no território. O programa Recrutement Santé Québec (Recrutamento Saúde Quebec) procura atualmente cerca de 1 mil profissionais para atuar como médicos de família e 680 especialistas, entre os quais psiquiatras e cirurgiões plásticos.
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