Por Luiz Henrique Ribeiro da Fonseca
Aos meus amigos João Garça e Maneco Araponga
O campinho corroído subalterno à força d’água,
Os trilhos atritados pelo vagonete e sua carga,
A floresta do seo Juca onde a goiaba era furtada,
Assim era o "beco do mijo", de Floripa e a filharada.
Tinha Titica, tinha Moro, bem como o saudoso Tico
Tinha Ninhá, tinha Niquinho, juntos, um tiricotico.
Tinha chouriço e saci, hein, caveirinha e cabrito,
Tinha Zoa, tinha Gibe, tinha também o rico-trico.
Tinha dona Azize e minha avó Chiquitinha,
Tinha Luiza, Rosinha, também Adélia e Candinha,
Tinha de tarde na rua a conversa de tricô,
Tinha aquela fresquinha para espantar o calor.
Tinha Maneco Araponga, tinha também João Garça,
E eu que nasci Luiz, virei cachorro de raça.
Tinha o "caga-telha" e tinha o Ede Bueiro,
Tinha polícia-ladrão e a Lua sobre o outeiro.
Daqueles dias tão leves só nos restam as lembranças
Época em que o beco emergia sob uma luz tão mansa.
Hoje quando a vida nos pune e tudo na gente destoa,
Voamos até o passado, pois quem é livre, livre voa.
3 comentários:
Muito bom!!! Ótimo!!!
João, Maneco e o inseparável cão do João, o famoso Haroldo Motoca, só faltou o outro cão o Bagé Luis.
Natinho,
Não se preocupe que os queridos cachorros entrarão no Beco II, como os Jublin, e mais alguns ilustres
abraço
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