"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



domingo, 26 de setembro de 2010

A TEORIA DO MEDO


Por Luiz Henrique Ribeiro da Fonseca

O ódio tornou-se um remédio genérico do candidato Serra. Esse ódio tem uma relação direta com o medo pela provável derrota em 03 de Outubro, fato este que o levou a utilizar a mídia como instrumento de ataque contra a candidata Dilma. O ódio de Serra, e também da mídia, ganha um outro ingrediente e este é revestido pelo preconceito da burguesia que sempre estereotipou e estigmatizou o presidente Lula, elegendo-o como seu estereótipo antagônico, por conta da sua origem humilde e baixa escolaridade, numa nítida reação de quem pensa que lugar de peão é na fábrica.
Outro aspecto a ser analisado é a tentativa da mídia de manipular as massas, no sentindo de se impor como o agente da consciência coletiva. Por essa ótica o povo é o objeto do desejo e é para ele que toda ação do ataque é ofertada, utilizando o medo, o ódio e o preco preconceito como arma de campanha contra a candidata Dilma. Mas essa campanha difamatória pela imprensa não se configura como verdade, pois ela se fragmenta na própria trama oposicionista e mostra, pelo resultado das pesquisa, que o povo não aceita mais ser manipulado pelos pretensiosos agentes da consciência nacional.
A meu ver essa consciência popular é um indício da sua maturidade social e política e deixa bem claro que o povo não está mais disposto a servir de massa de manobra daqueles que utilizam o medo, o ódio e o preconceito para conseguir seus intentos.
A razão para essa maturidade está diretamente ligada, pela essência, pela origem social e cultural, que fez com que o povo se identificasse com seu governante e este, pela mesma razão, entendesse e realizasse as necessidades dos seus governados. Portanto, povo e governo, não são antagonistas, pois um se vê no outro, e neste caso o medo, o ódio e o preconceito ficam com aqueles que, equivocadamente, se intitularam os agentes do saber.
É por essa razão que Regina Duarte sente medo, que Arnaldo Jabour e Diego Mainardi sentem ódio e a velha elite continua com seu preconceito. Nisso tudo há uma única verdade e esta está na descoberta de que o povo, sem eles, aprendeu a saber e não sente mais medo.

Um comentário:

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento