"Monocrômica, anacrônica, atraente, arcaica Antonina, não amo-te ao meio, amo-te à maneira inteira."
Edson Negromonte.



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

IDA A FEIRA-MAR

No domingo último fui visitar a Feira-Mar. A manhã estava propícia para o passeio e lá pude ver de perto como andavam as coisas. A praça estava deserta e o único sinal de revitalização, depois dos cortes das árvores, era o passeio que ladeia o muro. Já habituado com seu novo visual que, para mim deixou a praça mais "clean" fui dar uma olhada na feirinha de artesanato e lá pude constatar que sua associação precisa de muitos incentivos. Já no trapiche, pude ver uma maior quantidade de turistas, mas como não há nenhuma política de exploração comercial do lugar, os visitantes tiravam fotos e iam embora.
A Feira-Mar é um belo local, mas carece de uma exploração que permita entretenimento à população local e turística. Desde a sua inauguração, a praça, como sugere seu nome, deveria promover feiras com o intuito de comercializar a produção local e assim criar uma política sustentável para quem a explora. Com os anos e com a falta de uma política econômica voltada a exploração daquele belo espaço, a Feira-Mar tornou-se um espaço inócuo, ermo, um lugar que há anos hospeda usuários de drogas e vândalos.
A meu ver, a praça poderia agregar alguns fatores condicionantes, principalmente a partir do momento que ela vem suscitando opiniões extremas, que vão desde os frequentes atos de vandalismo até o recente episódio corte das árvores.
Há os que ainda esperam, como eu, o desvendamento do projeto de revitalização da praça que, segundo dizem, a transformará num espaço destinado à atividade física ao lazer. Logicamente, em sã consciência, ninguém é contra o tal projeto, embora reconheça que o dado primário e significativo da Feira-Mar seja hoje o de se transformar num espaço de integração social. Mas a grande especificidade, para mim, reside no fato de que todo o ecossistema que existe lá não é nativo e, dentro de um processo evolutivo, a administração poderia revitalizar a praça levando em consideração seu marco histórico ambiental, conciliando-a com seu marco cultural e social, ou seja, educação ambiental e espaço de lazer.
Todas essas aspirações residem em saber se a atual administração sente a necessidade de realizar a revitalização completa da Feira-Mar, conforme exposto acima. Para isso o pretenso projeto teria que agregar suas potencialidades aos seus fatores condicionantes, isto é, permitir que a Feira-Mar se torne um espaço que conjugue educação ambiental, espaço cultural e interação social.

2 comentários:

Edson Negromonte disse...

Ué, por que tirou o Bye Bye Serra Forever?

TOKADARTE disse...

Concordo plenamente com voce Luiz.

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento

O JEKITI NOS ANOS 60 - foto do amigo Eduardo Nascimento